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domingo, 26 de janeiro de 2025

Cão queimado em acidente de avião em Ubatuba ganha rede de fãs

   

Branquelo e a veterinária Alice Soares/Arquivo pessoal 

      O cachorrinho Branquelo, um vira-lata de dois anos, estava passeando calmamente no calçadão da praia do Cruzeiro em Ubatuba, no litoral paulista, na manhã do dia 9 de janeiro deste ano, quando viu de perto a explosão de um avião que atravessou toda a pista de aterrisagem e foi parar dentro do mar. 

  Seus tutores estavam trabalhando em um parquinho da praia, e ele costumava perambular por ali solto e alegremente. 

  O piloto morreu no acidente, mas populares e bombeiros conseguiram retirar de dentro do jatinho a família que vinha de Goiás. O pai, a mãe e os dois filhos sobreviveram ao choque e ao incêndio, e foram levados para hospital da capital.  

 Naquele momento, Branquelo correu desesperado para longe das chamas, mas já tinha o rabo e parte do focinho queimados pela explosão do querosene (combustível da aeronave). O cachorrinho foi levado para clínica veterinária da cidade e, agora, que a poeira baixou um pouco, é o centro de atenção de rede de solidariedade que se formou em torno dele na região e na internet. 

   Branquelo, segundo a veterinária Alice Soares, que o atende, não corre risco de vida, mas tem até lesão em córnea (nos olhos), o que exige apoio de um médico veterinário oftalmologista. Como seus tutores não têm condição de pagar todo o tratamento, a ajuda ao cão esta sendo muito bem-vinda. 

 "Conseguimos reunir R$ 6 mil na vaquinha, o suficiente para o tratamento!, disse Alice Soares, ao G1. Conforme ela, o apoio está chegando de cidades próximas como o Guarujá e até de outros estados, como Bahia, Minas Gerais, Piauí e Goiás. Além disso, profissionais da medicina veterinária, de especialistas a laboratórios, estão atuando de maneira voluntária para ajudar o cãozinho queimado. 

    Sempre especial e sempre uma boa notícia a ajuda aos animais. Que Branquelo se recupere logo e volte a encantar as praias de Ubatuba. 

domingo, 12 de janeiro de 2025

Doença crônica de pet exige resiliência do tutor

  Todos nós gostaríamos de ter nossos pets sempre saudáveis e felizes. Um sonho que não bate 100% com a realidade, que apresenta ao longo da vida dos bichinhos bons momentos, outros ruins, outros delicados e a possibilidade de doenças e traumas.

  A categoria das doenças crônicas, porém, parece a que mais desanima e exaure as forças dos tutores, responsáveis pelos animais. A diabetes em cão e gato, por exemplo, exige a aplicação diária de insulina e a aferição da glicemia, e isso, convenhamos, não é para qualquer tutor. 

  Doenças crônicas das articulações, como a displasia coxo-femural, que necessita de idas ao fisioterapeuta ou ao acupunturistas, ou outras ainda mais graves como a trombocitopenia imunomediada dos cães, doença incurável do sistema imunológico, deixam qualquer tutor de cabelos brancos e bolsos mais vazios.

  Ainda há os problemas respiratórios crônicos dos gatos e as doenças infecciosas para as quais não há cura, como a Fiv e a Felv. 

  São pacientes que vão exigir ao longo da vida cuidados especiais. 

  Os tutores, surpreendidos por esses diagnósticos, reagem de diversas maneiras: uns se tornam disciplinados cuidadores de seus animais e outros reagem com lamúrias, frustrações (escondidas) e indignação permanente.  

   Deste segundo grupo, o principal alvo das críticas (infundadas) são os médicos veterinários, afinal são eles que estão por perto e foram os mensageiros das más notícias. 

   As queixas começam pelos sintomas que não desaparecem apesar de ser isso explicado desde o início; depois os custos altos, que muitas vezes não dependem do veterinário, e até da quantidade de exames laboratoriais pedidos (mesmo que seja o mínimo necessário). 

   Ao longo dos meses, a tendência é essa relação se deteriorar se o tutor achar que é um sujeito azarado e que nunca poderia ter tido um animal com limitações crônicas. Se for endinheirado, vai jurar que há algo que possa comprar para resolver o problema.

  Uma tutora, que tem uma cachorrinha com problemas crônicos, costumava reclamar todas as semanas dos mesmos sintomas da doença, e sequer comemorava algum avanço. Outro, um jovem, chegava a informar sempre qual o custo do medicamento de seu gato, como se o veterinário fosse o dono do laboratório internacional. 

    Mas há aqueles tutores que abraçam com amor o destino e não veem as coisas desta maneira. Cuidam bem de seus cachorrinhos e gatos diabéticos, classificam como investimento, e não gastos, a compra das ampolas de insulina. E há ainda os que fazem o fardo mais leve pelo puro prazer da companhia, seja em uma piscina de fisioterapia com seu cão ou seja em sessão de quimioterapia de seu gato. 

   Melhor esse caminho, que une tutores e médicos. Isso, amigos e amigas, porque NÃO HÁ MÁGICA no mundo real da saúde e da doença de nossos pets!

    

       

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Ano começa com o Cadastro Nacional de pets

  Os cães e os gatos de todo o País ganharam o direito de ter uma Carteira de Identidade com validade em todo o território nacional. Documento parecido com o nosso. O início do projeto está previsto para este mês de janeiro de 2025.  

 O governo federal criou o Cadastro Nacional de Animais Domésticos, algo inédito no País, que vai funcionar por meio da conta Gov.br dos tutores dos pets.

 Ao cadastrar seu cão ou seu gato no sistema, os tutores terão direito de emitir a Carteira de Identidade deles, útil para o caso de viagens pelo país e nas campanhas de vacinação promovidas pelo poder público. 

  Os tutores terão que inserir no sistema Gov.br os dados do animal, as vacinas já tomadas e o endereço em que residem. No entanto, nesta primeira semana de janeiro o autor do blog acessou a conta Gov.br e o Castrado Nacional de Animais Doméstico ainda não estava disponível para os usuários. 

  O sucesso do Cadastro Nacional dos pets vai depender muito da participação dos tutores e da confiança destes no sistema. A inscrição no Cadastro é voluntária e gratuita. 

   Se o projeto for bem-sucedido, será de grande importância também para medidas de saúde pública, uma vez que cães e gatos podem transmitir algumas doenças às pessoas. Tendo um raio-x da população de cães e gatos no País pode-se pensar em linhas de trabalho, como vacinação contra a doença raiva mais bem elaboradas.

  Além disso, um Cadastro Nacional deve inspirar medidas e pesquisas sobre o bem-estar animal e orientar com maior precisão as campanhas de castração públicas, nas regiões onde são mais necessárias. 

   A teoria é boa, mas a prática é que vai dizer se a novidade vai dar certo e se veio para ficar!