terça-feira, 10 de junho de 2025

Evolução da espécie torna o cão mais simpático

    Os primeiros cães adotados por humanos, ainda quando éramos nômades, tinham a função de ser caçadores e protetores do grupo. Essencialmente, eram animais de trabalho que comiam restos de ossos. Isso ocorreu por volta de 15 mil anos atrás, a data da domesticação da espécie.

    O surgimento da espécie Canis familiaris (nome científico do cão) é ainda polêmico: seria uma subespécie do lobo cinzento (Canis lupus) ou teria outra origem, de ascendente desconhecido pela ciência. 

    Menos arredios do que os demais canídeos, os primeiros cães domesticados passam a ter enorme vantagem evolutiva ao nosso lado e dão origem às cerca de 500 raças que conhecemos hoje espalhadas pelo mundo.

    As raças surgem da seleção artificial, aquela promovida pelo ser humano.  

   A evolução das espécies descrita pelo naturalista inglês Charles Darwin, no século 19, explica o surgimento e a posterior domesticação dos cachorros: a seleção dos mais apto a determinada realidade natural ou humana. 

   São essas a primeira e a segunda grandes fases da evolução do nosso amigo de quatro patas.

   Neste do século 21, cientistas estão anunciando uma terceira fase dessa longa evolução dos Canis familiaris

    Vêm aí os cães afetuosos, ainda mais amigáveis, cães de companhia e de serviço capazes de frequentar os ambientes sociais de seus tutores, público e privado. Essa é a nova adaptação exigida e que deverá transformar física e emocionalmente a espécie, pela seleção dos mais adequados. 

   São cães também capazes de dar suporte emocional e de ajudar humanos em suas dificuldades do cotidiano. Basicamente, animais de vida de interior de casa e apartamento, longe das características originais de vida livre, pastoreio de ovelhas e gado, de mergulhos em lagos congelantes e mares revoltos. 

   De certa forma, é o que ocorre com raças como Labrador e Golden Retrievers, criadas para o auxílio a pescadores e caçadores, e com o pastor de ovelhas, Border Collie. Hoje, são cães em grande parte de companhia, que pisam mais em calçadas e tacos do que em terra, e cuja biologia irá se transformar lentamente para essa nova realidade. 

   Quem revela essa "terceira onda" da evolução dos cães são os especialistas Brian Hare, antropólogo da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, e a escritora Vanessa Woods, em artigo após consulta a inúmeras pesquisas recentes. 

   "À medida em que o papel que os cães desempenham em nossas vidas muda, de trabalhador para companheiro, mudam o comportamento e sua biologia", afirmam.

    E eles passam a fazer coisas ainda mais inacreditáveis!

   Um exemplo da direção da evolução está também em um vídeo que circula nas redes sociais que mostra um cachorrinho preto ajudando uma criança que aprende a caminhar. 

   Com aparente 1 ano de idade, ela tenta andar sobre um campo de areia, desequilibra aqui e ali, mas o cão a rodeia, de maneira espontânea passa de um lado, de outro, oferecendo o corpo como apoio e tem sucesso.

    Dos primeiros tempos, de quando éramos nômades, até este bebê que caminha com a ajuda do cão, há um salto evolutivo expressivo!  

   Tudo indica que o gene da simpatia do cão já está selecionado para o futuro!


Veja o vídeo: 

https://www.facebook.com/share/r/193jQ5wGBj/




terça-feira, 3 de junho de 2025

O boom do cão de serviço!

    Um cão treinado consegue auxiliar uma pessoa cega no seu cotidiano (é o cão guia) e pode ainda alertar um surdo ou uma surda em relação a avisos sonoros (é o cão ouvinte). Em outros casos, o cão preparado consegue dar suporte a pessoas ansiosas ou que tendem a vivenciar o pânico (é o cão de apoio emocional) e há ainda aqueles caninos indispensáveis aos autistas, por exemplo (é o cão de assistência). 

    Todos são modalidades de cães de serviço, um companheiro que está sendo cada vez mais requisitado no Brasil, e que existe nestas funções mundo afora. 

   No País, não há uma estatística precisa sobre essa demanda, mas ela é perceptível para quem trabalha com animais. Neste mês de junho, por exemplo, ao menos um instituto que desenvolve o treinamento desses cães suspendeu as inscrições de novos solicitantes porque a procura saltou de patamar.  

   O episódio do cão labrador Teddy, um cão de assistência, ocorrido em maio, favoreceu a divulgação deste tipo de trabalho canino. 

   O cão Teddy dá suporte a uma jovem autista, Alice, de 12 anos, mas foi impedido de embarcar com ela no avião da companhia portuguesa TAP, em voo de São Paulo para Lisboa. 

  Barrado na porta de embarque, Teddy ficou no Brasil e Alice seguiu com a família para Portugal. Foi a maior confusão, lógico, e a Justiça concedeu o direito de Teddy seguir em novo voo em direção à Alice. Na hora da segunda tentativa de embarque, o comandante da TAP preferiu cancelar o voo, assumir prejuízo de milhões de reais, a levar o cão de assistência dentro da aeronave, o que é direito de Teddy. Por fim, o governo federal entrou na briga e a TAP voltou atrás. 

  O drama de Teddy e Alice foi parar no Jornal Nacional e ganhou destaque na imprensa. Uma divulgação espontânea e ampla da figura do cão de serviço, e das várias áreas de sua atuação. 

 O País precisa, no entanto, aperfeiçoar a legislação que trata desse assunto e definir os institutos oficiais de treinamento desses cães, além de listar quais certificações são as válidas por aqui e internacionalmente. Afinal, quem atesta que uma pessoa precisa, por exemplo, de um suporte emocional, e ganha o direito de ir a restaurantes e viajar em avião e navios, ao lado de seu cão? 

  Uma parte do assunto é abordada pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência e outra está em leis de inclusão. 

    Um segundo ponto, tão importante quanto o primeiro, é o de redigir os Direitos do Cão de Serviço no Brasil.

   As raças mais adotadas para o serviço são a Labrador e a Golden Retriever, mas esses seres obedientes e úteis gostam igualmente de correr, pegar bolinha e nadar. 

   O treinamento de um cão de serviço é árduo e dura em média dois anos. As tarefas impostas aos cães exigem principalmente que eles não se distraiam com o público e que não saiam cheirando tudo pelas ruas e edifícios. Alguns aspectos do comportamento natural são alterados. 

  O bem-estar e a saúde dos cães de serviço devem ser prioridades nas discussões. Um dos princípios de bem-estar diz que um animal deve conseguir expressar seu comportamento natural para ter uma vida saudável. 

  Embora raças já criadas pela seleção artificial para o trabalho (o Labrador ajudava na pesca no mar e o Golden trazia na boca aves abatidas nos lagos da Escócia), esses caninos precisam de horas de descanso, consultas com veterinários e exercícios ao ar livre, por exemplo. 

  O ponto de vista dos caninos deve ser considerado.

  Como diz o ditado, se há parceria, ela deve ser boa para todos!

quarta-feira, 21 de maio de 2025

Se seu cão vomitar, fique em alerta!

    De dia ou de noite, até de madrugada, é comum o médico veterinário receber no Whatsapp a foto de um vômito de um cão com a pergunta de seu tutor ao lado: "Qual remedinho eu posso dar para ele?"

     O tutor não tem ideia do enigma que está lançando! 

  Decifrar a causa de um vômito de um cão, diante das inúmeras possibilidades de origem, não é tarefa fácil; e ainda pior é indicar um único remedinho que vai resolver um sintoma tão complexo de que há algo errado com o cachorrinho. 

  Vomitar não é doença, porque o vômito é um sintoma! 

  Nem pode ser interrompido a qualquer custo sem se saber antes o que está ocorrendo. Qual a cor? o cheiro? A composição? Quanto tempo ocorreu após a última refeição? Isso é só o começo!

  A causa mais comum é a gastrite, inflamação da mucosa do estômago. Mas as razões da gastrite são várias: vão de um estresse, à intoxicação por medicamento ou plantas, a infecções bacterianas ou ingestão de corpo estranho, uma tampinha de garrafa por exemplo. 

  Vomitar é um recurso complexo do organismo para tentar resolver "um problema" interno. Faz bem tentar se livrar de excesso de ácido gástrico, das toxinas de uma infecção e de sangue (em parte digerido), nos casos mais graves. 

  Tutores e médicos veterinários precisam somar forças para investigar e descobrir o que ocorre de verdade com o cão. O que exige exames de imagem, tempo etc. 

  "Mas é só um vômito", insistem alguns tutores, ansiosos por uma solução rápida.  

  O problema reside justamente aí: vomitar pode ser sinal de coisas graves, gravíssimas, não pode ser rebaixado a sintoma de menor importância! 

  Nos dois casos em que atuei em meados de maio, uma região do estômago chamada piloro estava absolutamente inflamada (revelação feita pelo exame de Ultrasson). O piloro é a região que liga o estômago ao intestino delgado. 

   Portanto, é fácil a conclusão de que se o piloro está severamente inflamado a passagem dos alimentos para o intestino está "estrangulada". 

    Nestes casos, a retenção de alimentos no estômago vai gerar gases e vômito! Se a gastrite levar a uma úlcera, pode haver sangue no vômito, o que é alarmante. 

    São apenas dois exemplos, que exigem mais do que um "remedinho". Sem falar, no risco de desidratação que o ato de vomitar provoca. 

  Uma nutrição saudável e balanceada, e uma vida emocional adequada, com momentos relaxantes no dia, e nível de ansiedade baixo, fazem parte da prevenção do problema. 

   Além disso, fundamental é vigiar o cãozinho para não pôr bobagem na boca. Isso eles fazem e muito! Não podem pegar restos de comida nem em casa e nem na rua, e devem ficar longe de petiscos ultra-processados.

    Ah, sim, importante: esconda todos os remédios da família dentro do armário!

        


       

      

    

terça-feira, 6 de maio de 2025

Um lindo jardim, mas com perigos para os pets!

  

Foto do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox)

 Um colorido jardim doméstico ou em praça pública com Antúrios, Crisântemos amarelos, Comigo-ninguém-pode e as vermelhas Bico-de-papagaio é um banquete para os olhos humanos. E há ainda o esplendor da Cyca Revoluta, o Sagu-de-Jardim. Mas o paraíso termina aí. 

  Esse jardim é terreno perigosíssimo para os cães e gatos, está cheio de elementos tóxicos nas folhas e flores, que causam desconforto gástrico, vômitos, diarreia e podem levar à morte.

 Caninos e felinos têm o hábito ancestral de comer gramas para "limpar" o estômago da acidez excessiva. O problema surge quando, na ausência destas gramíneas, o pet se arrisca ao morder e engolir plantas coloridas e venenosas. 

  Pode anotar: grande parte das plantas ornamentais é tóxica para os pets! 

 Não é incomum que, levados pelo hábito, os cães, principalmente, engulam pedaços da Costela-de-adão, da Azaleia, da Hortênsia ou da Hera do quintal. A depender da quantidade ingerida, o caso pode levar ao coma e à morte do animal. 

   Nos primeiros dias deste mês de maio, jornais noticiaram a morte do cão da raça labrador, o Pudim, de 9 anos de idade, após comer folhas e sementes da Cyca Revoluta em um canteiro de empresa na cidade de São Paulo. 

  Essas plantas ornamentais têm ações tóxicas que provocam vômitos, náuseas, dermatites, distúrbios neurológicos e até cardíacos nos animais. O antúrio, por exemplo, tem como princípio tóxico os cristais de oxalato de cálcio que provocam edema na boca e vômito. 

  O nome da Comigo-ninguém-pode já diz tudo. Planta muito comum em vasos e jardins tem como princípio tóxico cristais de oxalato de cálcio e proteínas tóxicas. A ingestão causa dor no bichinho, inflamação na garganta, vômito e tremor de cabeça.

  As azaleias costumam intoxicar gravemente cães. A ingestão de flores e folhas leva à salivação, lacrimejamento, vômito e diarreia. A ação tóxica se estende aos músculos e pode levar o animal ao coma. Esses são dados científicos presentes no "Manual de Toxicologia Veterinária" de Rosa Maria Barilli Nogueira e Silvia Franco Andrade (Editora ROCA). 

  O atendimento aos casos de cães e gatos intoxicados por plantas ornamentais deve ser feito em clínica ou hospital veterinário! 

  O tratamento exige conhecimento e procedimentos específicos, que levam em conta cada princípio ativo e seus danos no organismo.

  Na hora da emergência, é preciso levar uma foto ou a folha ou flores da planta tóxica para o hospital veterinário. A identificação correta da planta ajuda a equipe médica veterinária a ganhar tempo. 

   O que seu pet precisa, de vez em quando, é de um fresco capim!


Para saber mais: https://sinitox.icict.fiocruz.br/plantas-toxicas


Foto Sinitox/Divulgação 
     

     

   

      

terça-feira, 22 de abril de 2025

RG dos pets: patinhas no lugar das digitais?

 

O símbolo do projeto SinPatinhas do governo federal


    A ideia é boa, até útil, criar uma Carteira de Identidade, um RG, válido em todo o País para cães e gatos. Os caninos e felinos domésticos teriam um número em um cadastro nacional, que poderia ajudar a eles e a seus tutores em algumas ocasiões, e o governo disporia de dados oficiais para adotar medidas na área de saúde pública, dos bichos e dos humanos, e de bem-estar animal.

    Mas uma coisa é um projeto no papel e outra seu sucesso na prática. Ainda mais quando o tal cadastro nacional depende de ação voluntária e individual de cada tutor ou Organização Não-Governamental que cuida de cães e gatos. As pessoas têm o direito de querer saber qual a necessidade e utilidade de tal esforço. 

   O governo federal lançou neste mês de abril o Sistema do Cadastro Nacional de Animais Domésticos (o SinPatinhas), que nasce com a pretensão de reunir dados do Oiapoque ao Chuí sobre os pets. 

   Por meio da conta gov.br, cada tutor pode fazer, se quiser e gratuitamente, a Carteira de Identidade de seu cachorrinho ou gatinho. Basta incluir os dados de seu amigo de quatro patas, clicar no local que diz que as informações são verdadeiras e anexar uma foto. Não há necessidade de imprimir as patinhas como se fossem as digitais (até que seria divertido)!

    Se todo brasileiro e brasileira aderir, há um cadastro nacional, se quase ninguém topar o projeto vai para brejo.

  Na terça-feira, dia 22 de abril, o autor deste blog tentou obter o RG nacional de sua cachorrinha Piah, uma vira-lata encontrada filhote na zona oeste de São Paulo em junho de 2018. 

   Preencher os dados do cadastro foi rápido, em seguida a foto foi anexada, mas logo surgiu o problema. Ao apertar o botão para gerar o RG, nada aconteceu, o sistema empacou. "Sua requisição está sendo processada. Tente novamente", disse o Sinpatinhas na noite do dia 22/04. 

   Na propaganda do governo, a Carteira de Identidade da Piah seria emitida na hora e poderia ser impressa.

   Pode-se atribuir o contratempo aos dias iniciais do projeto, aos ajustes necessários de algo recém-lançado.

   Mas este é o menor dos problemas do SinPatinhas! 

   Com a pretensão (como já dito) de ser um arquivo e um instrumento nacional que poderá orientar as políticas públicas nas áreas de saúde animal e humana, o SinPatinhas precisa de uma adesão total, ou expressiva. 

   A partir dos RGs, o poder público saberia quantos cães e gatos estão em cada cidade, em cada região do País, quantos são ou não castrados, quantos têm microchip etc. 

   Hoje, temos apenas estimativas feitas pelo mercado pet e da população de cães e gatos domiciliados pelo IBGE.

   Os tutores irão ao site gov.br fazer o cadastro de seus cães e gatos? Eles estão cientes das vantagens deste processo? Isso ajuda em uma viagem? Saberão a razão do QR-Code gerado com a Carteira de Identidade?

   Alguns desconfiam sempre dos governos! Já há fake news falando que o objetivo do governo é cadastrar primeiro para cobrar impostos depois. Estão mal informados! Os pets já pagam impostos sobre o consumo das rações e dos serviços, por exemplo. Ou ninguém percebeu que o Leão do Imposto morde o bolso de cada tutor cada vez que paga uma conta do seu pet? 

  

     



domingo, 6 de abril de 2025

Cristo Redentor abraça vira-lata Caramelo!

 

Cristo Redentor com o cachorro vira-lata/Foto divulgação evento 

Uma cena realmente surpreendente e maravilhosa, que se espalhou pelas redes sociais de vários cantos do mundo, neste primeiro fim de semana de abril. 

O Cristo Redentor, monumento do Rio de Janeiro, abraçou carinhosamente um vira-lata caramelo em projeção visual feita no Dia Mundial dos Animais de Rua, comemorado em 4 de abril.

O evento ocorreu na noite da última sexta-feira, quando as luzes uniram a imagem de um simples vira-lata à estátua de concreto de 38 metros de altura, construída no Morro do Corcovado. 

A homenagem foi patrocinada por uma marca de ração para pets com o objetivo de incentivar a adoção de cães e gatos resgatados das ruas. 

A estátua do Cristo Redentor foi inaugurada em 1931 e nos últimos anos tem recebido projeções visuais para todo tipo de (boas) homenagens. O Cristo já ficou até totalmente sem iluminação, no escuro, para chamar a atenção para os problemas climáticos do planeta. 

Mas, ao que se sabe até agora, esta é a primeira vez em que o Cristo reserva seu prestigio para destacar a situação dos cães e gatos de rua.

Há coisas inesperadas na vida, como uma imagem, uma foto, que realmente nos dão esperança da Humanidade! 




segunda-feira, 24 de março de 2025

Um filhote de urso polar é sempre bem-vindo!

     
 

Foto Nur e a mamãe Aurora/Divulgação Aquário de São Paulo


   O Ártico é uma região no norte do planeta formada pelo congelamento das águas do mar. É o habitat natural dos ursos polares, que não são encontrados no polo sul, na Antártica. 

   É sobre o gelo que vivem os ursos brancos, camuflados, alimentando-se das focas. 

   Mas esse habitat está derretendo!  

   No mês passado, foi registrado o menor nível de gelo marinho no Ártico para essa época do ano, e olhem que por lá é inverno! Os dados são do Serviço de Mudanças Climáticas (Climate Change Service) do instituto Copernicus, da União Europeia. 

   A extensão média de gelo marinho registrada em fevereiro deste ano foi de 13,7 milhões de km2, o menor valor para o mês no registro de dados de satélite de 47 anos, 0,8 milhões de km2 (ou cerca de 8%) abaixo da média para o mês de fevereiro. 

    Além disso, o círculo polar ártico inclui países como o Canadá, a Rússia e a Groenlândia onde avança a exploração de petróleo. E a região está sendo cobiçada pelos Estados Unidos para suas operações militares.

    Os ursos polares parecem estar com os anos contados!

    Por isso, hoje, mais do que antes, deve-se celebrar o nascimento de um filhote de urso polar em plena cidade de São Paulo, a fêmea Nur.

    Ela nasceu no final de 2024 em ambiente apropriado, com temperatura de zero graus a 10 graus centígrados, e com o peso de 400 gramas. Mamãe ursa, a Aurora, pesa 263 quilos, e veio de um Zoológico da Rússia. 

    O Aquário de São Paulo, no bairro do Ipiranga, é o responsável por manter os ursos polares e outras espécies de mamíferos e peixes em recintos abertos à visitação do público. Tem o mérito de conseguir, e não é fácil, a reprodução de urso polar em ambiente artificial.

     O Aquário de São Paulo anunciou que estão abertas as visitas à filhote Nur, que está ao lado da mãe no recinto principal dos ursos. 

    É uma chance de conhecer um filhote magnífico.

    Não vale mais dizer que o lugar deles é apenas na natureza! 

    Essa natureza o aquecimento global está evaporando rapidamente e as operações militares poderão por fim de vez. 

segunda-feira, 10 de março de 2025

Somos todos Lorinho!

  A gente acha que já viu de tudo neste mundo, mas o repertório das agressões aos animais por parte de seres humanos parece interminável.

 Um homem, que se apresentou como um lutador, agrediu com raquetadas (raquetes de mata mosquito) uma pequena e inocente maritaca, que vive solta na Praça Sinésio Martins, no Jardim Esplanada, na cidade de São José dos Campos, no interior de São Paulo. Ele alegou que a ave é uma ameaça!

  A luta absolutamente desigual revela qual dos dois seres é o irracional!

 A denúncia foi feita nesta segunda-feira, dia 10 de março, pela jornalista Karen Schmidt por meio das redes sociais. Karen e o marido são frequentadores da praça e amigos da maritaca conhecida como Lorinho.

   Lorinho teve alguns machucados, mas foi socorrido a tempo. 

   Sociável e encantador, essa ave silvestre tem até página no Instagram sobre suas interações com os humanos (Maritaca Livre). Ela é mansinha, chega perto das pessoas, sobe nos ombros dos frequentadores da praça, porque em algum estágio da sua vida teve o a atenção de um ser humano. Normalmente, isso ocorre quando a ave é filhote, e recebe proteção e alimento de alguém.

    Portanto, Lorinho NÃO vê o Homo Sapiens como um predador. Mas é uma exceção, porque para os pássaros todo primata é uma ameaça na natureza ou na cidade. A cor verde das penas, como ensina Charles Darwin, no seu estudo da evolução e adaptação das espécies, é uma camuflagem justamente contra predadores da natureza.  

  Karen não especifica, mas Lorinho, pela mancha vermelha nas asas, deve ser a maritaca Maracanã, da espécie Psittacara leucophthalmus. 

  Essa espécie, vale ressaltar, é de ave da fauna brasileira, que vive sem necessidade de interação com os seres humanos, come sementes e frutas das matas, fazem ninhos nas árvores. Não é bicho doméstico ou domesticável. 

  A exemplo do que ocorre com os papagaios, algumas maritacas podem perder o medo natural dos seres humanos, vocalizar para interagir, e obter carinho e alimento. Mas esse fato não as torna animais de vida doméstica, se acasalarem, seus filhotes estão aptos a viverem livres na natureza selvagem. Adoram o clima tropical e subtropical.

  Diante disso, a legislação brasileira proíbe a caça de maritacas, o comércio e a manutenção em cativeiro.  

  A lei 9.605 de 1998 estende a proteção a todos os animais silvestres, salvo raras exceções autorizadas pelo Ibama. No entanto, as penalidades aos infratores são consideradas brandas pelas organizações de proteção a fauna: de 6 meses a 1 ano de detenção e multa para a caça, por exemplo.

  Os crimes de maus-tratos e abandono de animais domésticos, como os cães e os gatos, têm penas superiores, que podem chegar a 5 anos de detenção (lei Sansão, de 2020).

  O tema é hoje motivo de debates, uma vez que segmentos da sociedade reivindicam penas igualmente altas para crimes contra a fauna.  

   A praça em São José dos Campos é habitat natural de uma maritaca e de outras aves. Mexer com Lorinho, portanto, é mexer com todos nós. A lei é clara! Agressão com raquete é crime!

  Hoje, somos todos Lorinho! 

segunda-feira, 3 de março de 2025

E o Oscar vai para... os cães Suri e Ozzi.

 

Cena de Ainda Estou Aqui: ator Selton Mello, no papel de Rubens Paiva,
 segura o cachorrinho Pimpão (Foto divulgação)
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   Ao lado da atriz Fernanda Torres e do ator Selton Mello, dois cachorrinhos ajudaram a contar a história do premiado filme "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles.
   São Suri e Ozzi, dois Jack Russel Terrier, que interpretam o vira-lata Pimpão da família Paiva, neste longa-metragem vencedor do Oscar na categoria de Melhor Filme Internacional.
    Pimpão é achado abandonado na praia do Leblon, no Rio de Janeiro, e é adotado pelos filhos do casal Rubens e Eunice Paiva.
   Para interpretar o personagem canino do elenco, foram necessários dois cachorrinhos, por causa das longas horas de gravação no set de filmagem. Segundo a direção do filme, todos os cuidados com o bem-estar desses "atores" caninos foram providenciados, principalmente sombra e água fresca nos intervalos dos trabalhos.

    O personagem Pimpão dá um toque especial ao clima familiar e descontraído da casa dos Paivas, no início dos anos 1970, até o sequestro e desaparecimento do ex-deputado Rubens Paiva por agentes da ditadura militar. 

    Gente boa gosta de cães, o filme vem comprovar o ditado. 

    Na última semana de fevereiro, Suri e Ozzi receberam o The Fido Awards destinado aos melhores cães atores. É um prêmio ainda restrito às redes sociais.  

    Eles mereciam é o tapete vermelho de Los Angeles! Que talento!   

  Inteligentes e obedientes, os cães da raça Jack Russell Terrier são considerados, atualmente, cães de companhia; mas a raça foi desenvolvida para a caça à raposa na Inglaterra do século 19, pelo reverendo John Russell.

   O personagem Pimpão dá um toque especial ao filme, como fazem os vira-latas adotados na vida real de seus tutores.   

     Vá ver o filme e se puder, adote um Pimpão! 

        



domingo, 16 de fevereiro de 2025

O mistério do jabuti achado sob o piso da cozinha

 As redes sociais, sempre velozes, pararam na semana passada para discutir os passos lentos de um típico Jabuti-Tinga (Chelonoidis denticulada), réptil comum nas regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil.

 A polêmica girou em torno de um achado inesperado: uma dona de casa foi fazer uma reforma na cozinha da casa, localizada na cidade de Itacajá (Tocantins) e o pedreiro ao quebrar o piso encontrou um jabuti adulto debaixo do chão. O animal estava vivo, com algumas marcas no casco, mas disposto! 

 A cena foi registrada em vídeo em 7 de fevereiro passado! 

 Mas como o animal foi parar ali debaixo do piso? 

 Segundo a proprietária da casa, Luiza Coelha da Cruz Aguiar o piso da cozinha é antigo, foi colocado há dez anos e ela acredita que nessa ocasião o réptil foi jogado em meio ao cascalho debaixo da casa. 

  Ficou trancado sob o piso e dali nunca saiu até este mês. Um buraco escuro, com quase nenhuma alimentação ou água para o jabuti. 

  O mistério do jabuti do Tocantins mobilizou internautas leigos, biólogos e médicos veterinários.

   A favor da versão de dona Luiza está o fato de que esse réptil tem a capacidade de "hibernar", ou seja viver meses praticamente parado, sem comer ou beber, porque consegue reduzir drasticamente seu metabolismo. O problema está que isso não significa anos, nem um ano inteiro nesta condição.

  Nesta versão, o jabuti conseguiu se alimentar de insetos ou larvas sob o piso da casa e aproveitar a umidade do solo na hidratação.  

  Mas neste caso nada de verduras frescas, frutas, vitaminas e minerais abundantes, e o pior, nada de luz solar! 

  Viver na ausência de luz não está no roteiro de vida de um jabuti! Eles precisam sintetizar também a vitamina D.

  A carapaça do jabuti, o casco, é na verdade uma estrutura óssea formada por suas costelas e vértebras. Esse tipo de tecido exige minerais (cálcio) e a radiação solar para se desenvolver. 

  Há quem diga que esse jabuti estava na natureza, escavou um buraco na terra e o túnel levou-o para debaixo da cozinha, onde ficou entalado. 

  Jabutis cavam túneis para se abrigar, e cavam bem!   

  O ditado popular diz que "jabuti não sobe em árvore" para ilustrar situações estranhas que possam acontecer no cotidiano das pessoas, como algo estar em um local inesperado! 

  Mas podem ou não podem viver uma década de seus 80 anos sob um piso de uma casa?

   Uma investigação pode esclarecer, clarear esse mistério. Clarear! Jogar luz no enigma! Luz! O sol é essencial à vida! 

  A possibilidade é que o jabuti entrou ali há pouco tempo. Dez anos no escuro nem jabuti, nem seus ancestrais dinossauros aguentam!

  Vale ressaltar: os dinossauros não foram extintos pelo asteroide que caiu na Terra, mas pelas consequências da escuridão decorrente da poeira levantada pelo tal asteroide. Nem plantas, e depois nem os gigantes, sobreviveram à falta de luz solar!

  

   

 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Saiba que seu pet não é e nem quer ser um folião!

A marchinha de Carnaval de Haroldo Lobo já diz tudo:

   "Allah-la-ô, ô ô ô ô ô ô
   Mas que calor, ô ô ô ô ô ô
   Atravessamos o deserto do Saara
   O sol estava quente, queimou a nossa cara
   Allah-la-ô, ô ô ô ô ô ô
   Mas que calor, ô ô ô ô ô ô"

  Os mais velhos conhecem a música deste compositor carioca e a garotada já deve ter ouvido a marchinha em algum bloquinho de rua. Nestes tempos de mudanças climáticas e eventos extremos, o calor está ainda mais severo do que nos tempos de Haroldo Lobo (o artista faleceu em 1965).

   O mês de janeiro de 2025 foi o primeiro mês do ano mais quente da história, segundo cientistas da União Europeia. Fevereiro não deve ficar atrás. Rio de Janeiro e São Paulo estão fervendo!

   Se o Carnaval já é algo barulhento demais para seus cachorrinhos, com a previsão de dias quentes a folia ficou proibitiva. Esqueça, não é programa para os bichos! Gatos? Nem pensar, eles não têm nada a ver nem com bloquinho dentro de casa.

  O felino doméstico é uma espécie que surgiu no Egito e na antiga Pérsia, durante o advento da agricultura. Em comum com a marchinha de Haroldo Lobo, apenas a citação de sua terra natal, mas o resto da letra é uma súplica por "água" porque o calor está demais.  

   "Viemos do Egito
   E muitas vezes nós tivemos que rezar
   Allah, Allah, Allah, meu bom Allah
   Mande água prá Iôiô
   Mande água prá Iáiá
   Allah, meu bom Allah ".
    

   Se você quer ir para a folia acompanhado, convide alguém de sua espécie, de qualquer sexo ou nenhum, mas alguém que transpire pelas glândulas sudoríparas e tenha o coração longe do chão quente. Cães e gatos não suam e andam próximo ao chão!  

   Seu pet quer sombra e água fresca, e nenhuma fantasia. 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Fevereiro Roxo Pet: campanha a favor dos idosos.

 

 Os cães e gatos idosos têm uma campanha só para eles neste mês de fevereiro. É o Fevereiro Roxo Pet! Que chega com toda força neste ano de 2025.

 A exemplo do que ocorre em relação à saúde humana em fevereiro, a campanha vem alertar os tutores dos animais sobre doenças neurológicas dos velhinhos e velhinhas de quatro patas.

 Sim, cães e gatos idosos podem sofrer da Síndrome da Disfunção Cognitiva, doença que pode ser chamada de "Alzheimer dos pets". Além de outras moléstias crônicas e degenerativas, como o Lúpus.

   Quando um cão idoso late sem parar à noite, rodopia com ansiedade ou não consegue sair de um canto da sala em que entrou, ele está apresentando os sintomas do Alzheimer dos animais.

   Ao contrário do que se possa imaginar, são problemas mais comuns do que pensamos, principalmente entre os cães. 

  A Síndrome da Disfunção Cognitiva não tem cura, sua evolução segue com o tempo, de maneira desfavorável, mas os pacientes podem e devem contar com medidas médicas que melhoram o seu bem-estar e a sua segurança.

  Já há na medicina veterinária gente especializada em cuidados com os animais idosos e profissionais neurologistas. 

  A terceira idade, para nós e para os pets, não é fácil! Cães e gatos tendem ainda a ficarem surdos e cegos (catarata) e a terem problemas articulares! 

   Em março, será a vez do Azul, referência à prevenção das doenças gastrointestinais dos animais. A cada mês uma nova campanha e cor serão lançadas, até o fim do ano. No último mês de 2025, teremos o  Dezembro Verde, projeto contra o abandono dos cães e gatos, que sempre aumenta na época das festas e das férias.  


domingo, 26 de janeiro de 2025

Cão queimado em acidente de avião em Ubatuba ganha rede de fãs

   

Branquelo e a veterinária Alice Soares/Arquivo pessoal 

      O cachorrinho Branquelo, um vira-lata de dois anos, estava passeando calmamente no calçadão da praia do Cruzeiro em Ubatuba, no litoral paulista, na manhã do dia 9 de janeiro deste ano, quando viu de perto a explosão de um avião que atravessou toda a pista de aterrisagem e foi parar dentro do mar. 

  Seus tutores estavam trabalhando em um parquinho da praia, e ele costumava perambular por ali solto e alegremente. 

  O piloto morreu no acidente, mas populares e bombeiros conseguiram retirar de dentro do jatinho a família que vinha de Goiás. O pai, a mãe e os dois filhos sobreviveram ao choque e ao incêndio, e foram levados para hospital da capital.  

 Naquele momento, Branquelo correu desesperado para longe das chamas, mas já tinha o rabo e parte do focinho queimados pela explosão do querosene (combustível da aeronave). O cachorrinho foi levado para clínica veterinária da cidade e, agora, que a poeira baixou um pouco, é o centro de atenção de rede de solidariedade que se formou em torno dele na região e na internet. 

   Branquelo, segundo a veterinária Alice Soares, que o atende, não corre risco de vida, mas tem até lesão em córnea (nos olhos), o que exige apoio de um médico veterinário oftalmologista. Como seus tutores não têm condição de pagar todo o tratamento, a ajuda ao cão esta sendo muito bem-vinda. 

 "Conseguimos reunir R$ 6 mil na vaquinha, o suficiente para o tratamento!, disse Alice Soares, ao G1. Conforme ela, o apoio está chegando de cidades próximas como o Guarujá e até de outros estados, como Bahia, Minas Gerais, Piauí e Goiás. Além disso, profissionais da medicina veterinária, de especialistas a laboratórios, estão atuando de maneira voluntária para ajudar o cãozinho queimado. 

    Sempre especial e sempre uma boa notícia a ajuda aos animais. Que Branquelo se recupere logo e volte a encantar as praias de Ubatuba. 

domingo, 12 de janeiro de 2025

Doença crônica de pet exige resiliência do tutor

  Todos nós gostaríamos de ter nossos pets sempre saudáveis e felizes. Um sonho que não bate 100% com a realidade, que apresenta ao longo da vida dos bichinhos bons momentos, outros ruins, outros delicados e a possibilidade de doenças e traumas.

  A categoria das doenças crônicas, porém, parece a que mais desanima e exaure as forças dos tutores, responsáveis pelos animais. A diabetes em cão e gato, por exemplo, exige a aplicação diária de insulina e a aferição da glicemia, e isso, convenhamos, não é para qualquer tutor. 

  Doenças crônicas das articulações, como a displasia coxo-femural, que necessita de idas ao fisioterapeuta ou ao acupunturistas, ou outras ainda mais graves como a trombocitopenia imunomediada dos cães, doença incurável do sistema imunológico, deixam qualquer tutor de cabelos brancos e bolsos mais vazios.

  Ainda há os problemas respiratórios crônicos dos gatos e as doenças infecciosas para as quais não há cura, como a Fiv e a Felv. 

  São pacientes que vão exigir ao longo da vida cuidados especiais. 

  Os tutores, surpreendidos por esses diagnósticos, reagem de diversas maneiras: uns se tornam disciplinados cuidadores de seus animais e outros reagem com lamúrias, frustrações (escondidas) e indignação permanente.  

   Deste segundo grupo, o principal alvo das críticas (infundadas) são os médicos veterinários, afinal são eles que estão por perto e foram os mensageiros das más notícias. 

   As queixas começam pelos sintomas que não desaparecem apesar de ser isso explicado desde o início; depois os custos altos, que muitas vezes não dependem do veterinário, e até da quantidade de exames laboratoriais pedidos (mesmo que seja o mínimo necessário). 

   Ao longo dos meses, a tendência é essa relação se deteriorar se o tutor achar que é um sujeito azarado e que nunca poderia ter tido um animal com limitações crônicas. Se for endinheirado, vai jurar que há algo que possa comprar para resolver o problema.

  Uma tutora, que tem uma cachorrinha com problemas crônicos, costumava reclamar todas as semanas dos mesmos sintomas da doença, e sequer comemorava algum avanço. Outro, um jovem, chegava a informar sempre qual o custo do medicamento de seu gato, como se o veterinário fosse o dono do laboratório internacional. 

    Mas há aqueles tutores que abraçam com amor o destino e não veem as coisas desta maneira. Cuidam bem de seus cachorrinhos e gatos diabéticos, classificam como investimento, e não gastos, a compra das ampolas de insulina. E há ainda os que fazem o fardo mais leve pelo puro prazer da companhia, seja em uma piscina de fisioterapia com seu cão ou seja em sessão de quimioterapia de seu gato. 

   Melhor esse caminho, que une tutores e médicos. Isso, amigos e amigas, porque NÃO HÁ MÁGICA no mundo real da saúde e da doença de nossos pets!

    

       

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Ano começa com o Cadastro Nacional de pets

  Os cães e os gatos de todo o País ganharam o direito de ter uma Carteira de Identidade com validade em todo o território nacional. Documento parecido com o nosso. O início do projeto está previsto para este mês de janeiro de 2025.  

 O governo federal criou o Cadastro Nacional de Animais Domésticos, algo inédito no País, que vai funcionar por meio da conta Gov.br dos tutores dos pets.

 Ao cadastrar seu cão ou seu gato no sistema, os tutores terão direito de emitir a Carteira de Identidade deles, útil para o caso de viagens pelo país e nas campanhas de vacinação promovidas pelo poder público. 

  Os tutores terão que inserir no sistema Gov.br os dados do animal, as vacinas já tomadas e o endereço em que residem. No entanto, nesta primeira semana de janeiro o autor do blog acessou a conta Gov.br e o Castrado Nacional de Animais Doméstico ainda não estava disponível para os usuários. 

  O sucesso do Cadastro Nacional dos pets vai depender muito da participação dos tutores e da confiança destes no sistema. A inscrição no Cadastro é voluntária e gratuita. 

   Se o projeto for bem-sucedido, será de grande importância também para medidas de saúde pública, uma vez que cães e gatos podem transmitir algumas doenças às pessoas. Tendo um raio-x da população de cães e gatos no País pode-se pensar em linhas de trabalho, como vacinação contra a doença raiva mais bem elaboradas.

  Além disso, um Cadastro Nacional deve inspirar medidas e pesquisas sobre o bem-estar animal e orientar com maior precisão as campanhas de castração públicas, nas regiões onde são mais necessárias. 

   A teoria é boa, mas a prática é que vai dizer se a novidade vai dar certo e se veio para ficar!