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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Rainha da Inglaterra e dos cães e gatos de rua

Equipe do Battersea Dogs & Cats Home, em Londres/Foto Divulgação


Rainha na inauguração
O casamento do príncipe William e Kate Middleton, na Abadia de Westminster no dia 29 de abril, em Londres, é rara oportunidade para conhecermos melhor a família real da Inglaterra. Saber que os cães e gatos sem-teto de Londres têm uma protetora especial, a Rainha Elizabeth II. Sua Majestade é patrona do Battersea Dogs & Cats Home, um abrigo para cães e gatos encontrados ao relento nas ruas ou abandonados em residências. 
O Battersea foi fundado em 1860 e a Rainha Elizabeth II tornou-se patrona da instituição uma década depois do fim da Segunda Guerra Mundial, em 1956. Sua Majestade fez questão de inaugurar pessoalmente, em 1986, o complexo Bell Mead. Muitos vira-latas, cães de raça e bichanos desamparados devem ter estranhado a movimentação no local. Também em 1991 a Rainha inaugurou o canil Tealby. Naquele ano, o Battersea deu início à avaliação do comportamento dos animais no abrigo, algo inovador e fundamental para a adoção.  


Príncipe William e Kate Middleton/Divulgação

Fundado por Mary Tealby, o abrigo funciona no 4 Battersea Park Road, no sudoeste de Londres. Há uma equipe que sai às ruas para recolher animais ao relento, e que também é acionada quando os donos falecem e não há quem tenha disponibilidade para cuidar deles. Faz um trabalho avançado para os padrões do Brasil.

No abrigo, existem veterinários para cuidar dos animais e equipes para encontrar novas famílias para eles.  O Battersea Dogs & Cats Home é aberto ao público e, por isso, minha mulher Claudia, integrante da equipe de AnimaisOk, pode visitar as instalações e conversar com os responsáveis pelo projeto quando esteve em Londres. Ficou muito bem impressionada. “No Battersea, tudo é organizado e limpo. Chama a atenção o rigor com que a equipe faz a doação dos animais. Todos os interessados passam por um processo de seleção, em que são avaliados quesitos como estilo de vida, tipo de residência, disponibilidade de tempo, para que seja recomendado o animal que tem mais chances de se adaptar ao novo lar. Por exemplo, se uma família que mora em um apartamento pequeno quiser adotar um cão de temperamento agitado e com muita energia, será aconselhada a escolher um animal mais adequado. A adoção é feita mediante pagamento de uma taxa, e os adotantes devem assinar um termo de responsabilidade pelo bem-estar do animal. Em caso de denúncia por maus tratos, além de responder a processo, o proprietário fica sem seu pet, que é recolhido ao abrigo", disse Claudia. 
Ficamos felizes em saber que na terra de Charles Darwin, o pai da Zoologia e da Biologia modernas, os cães e os gatos são também súditos de Sua Majestade.


Para saber mais: http://www.battersea.org.uk/      
              




2 comentários:

  1. Uma organização como essa que precisávamos ter aqui em Lages/SC...utopia será? Fiquei sabendo dessa organização no livro do Richard Olsenius (Nós e os Cães), quantas histórias bonitas ele descreve...

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  2. Enquanto isso, vemos aqui no Brasil a SUIPA ser ameaçada de extinção e ter sua filantropia retirada...

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