Dra. Rita de Cássia, coordenadora do ITEC: cursos especializados/Fotos Ricardo Osman |
O Congresso Internacional de Bem-Estar Animal, realizado na Universidade de São Paulo (USP), no último fim de semana, contou no domingo com debates valiosos. A presidente da Associação Médico Veterinária Brasileira de Bem-Estar Animal (Amvebbea), Dra. Ceres Faraco, falou sobre os cuidados necessários com cães que trabalham em terapias de seres humanos, e recebeu no auditório as doutoras Rosângela Ribeiro, da Sociedade Mundial de Proteção Animal (World Society for the Protection of Animal, sigla é WSPA), e Rita de Cássia Maria Garcia, do Instituto Técnico de Educação e Controle Animal (ITEC) de São Paulo, que falaram sobre os animais abandonados.
Dra. Ceres Faraco, presidente da Amvebbea, e Dr. João Telhado |
Dra. Rosângela fez uma apresentação sobre a situação de cães e gatos abandonados no Brasil. São 2,5 milhões de animais que vivem nas ruas do País e 70% dos animais abandonados já tiveram um lar. Os dados do RadarPet de 2009 contabilizam 25 milhões de cães e 7 milhões de gatos _ sendo que 70% são animais de companhia, 16% de guarda e 8% de guarda e companhia. Acrescentei, na hora das perguntas, que estes animais fazem parte da economia formal do País e lembrei que os donos dos bichos pagam muitos impostos (como o ICMS, embutido nos produtos), o que deveria ter uma contrapartida dos governos em serviços.
Auditório cheio no Congresso Internacional |
Dra. Rosângela Ribeiro, da WSPA |
Dra. Mauro Lantzman, da PUC de São Paulo |
Foram inúmeras palestras interessantes, e vou falar delas no decorrer dos próximos dias. Mas destaco também a apresentação do Dr. Mauro Lantzman, veterinário e professor de Psicologia da PUC de São Paulo, especialista em comportamento. "Temos tendência de projetar características pessoais em nossos animais", disse ele na tarde de domingo, dia 10. E deu valiosas dicas de como analisar o bem-estar de um animal em uma família (avaliação física, ambiental, comportamental e psicológica). Ele destacou o comportamento afiliativo de humanos e cães, e da evolução adaptativa das espécies. "É preciso avaliar o ambiente e a dinâmica da família para entender o comportamento do animal", disse ele. "Qual o papel do cachorro em determinada família?".
O Dr. João Telhado Pereira, vice-presidente da Amvebbea, encerrou o Congresso Internacional de maneira emocionante. Ele pediu um minuto de silêncio "pelas atrocidades" cometidas por nós seres humanos contra os animais.Para saber mais: http://www.itecbr.org/ e http://www.wspabrasil.org/
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