AnimaisOk – Como surgiu esse movimento no Facebook?
José Luis Soares – Iniciei o grupo “Abaixo Fogos de Artifícios” no final de 2010 com o objetivo de conscientizar as pessoas para os efeitos colaterais dessa ação ultrapassada, egoísta e assassina de comemorar com bombas. Possuo seis cães, dois deles nem se alteram quando ouvem os estampidos, dois ficam excitados e começam a correr, um entra em convulsão e o mais velho fica apavorado, treme e procura se esconder.
José Luis Soares – Iniciei o grupo “Abaixo Fogos de Artifícios” no final de 2010 com o objetivo de conscientizar as pessoas para os efeitos colaterais dessa ação ultrapassada, egoísta e assassina de comemorar com bombas. Possuo seis cães, dois deles nem se alteram quando ouvem os estampidos, dois ficam excitados e começam a correr, um entra em convulsão e o mais velho fica apavorado, treme e procura se esconder.
AnimaisOk – Como estão as adesões ao grupo?
José Luis Soares – Para minha surpresa as adesões são extraordinárias. Em dois dias, tínhamos mil pessoas e chegamos aos 5 mil em menos de um mês. Hoje estamos com mais de 24 mil membros ativos.
AnimaisOk – Quais efeitos nocivos dos fogos, além dos incêndios e do estresse em pessoas e animais?
José Luis Soares – Pelo Grupo tomei conhecimento de várias doenças que são causadas pela mistura de metais e outras substâncias que são usadas para dar a cor aos fogos. São centenas os efeitos colaterais dessas bombas. No Grupo existem várias pessoas que têm traumas psicológicos com as explosões e sofrem demasiadamente com elas. Os idosos, doentes, crianças são transtornados com o uso dessas bombas!
José Luis Soares – Nossa Petição Pública será encaminhada ao Congresso Nacional com o intuito de criar uma legislação federal que termine com a fabricação, comercialização e uso indiscriminado. Estamos atualmente com 7,5 mil assinaturas. Precisamos de muito mais! O link é http://www.peticaopublica.com.br/?pi=soares11
Depoimento de Ana Elisa de Rizzo, uma das administradoras do grupo "Abaixo Fogos de Artifícios", no Facebook:
“Um dos principais objetivos em relação aos animais é conseguir fazer com que as pessoas respeitem a vida no planeta como um todo, e não apenas considerando o ser humano como superior e detentor da vida e da morte de outros seres. A consciência de que fogos de artifício são armas letais a animais e a seres humanos é fundamental para isso. Sabemos que é uma tradição, mas que tem de ser repensada como muitas outras foram. Fogos matam os animais, matam e ferem seriamente seres humanos e poluem intensamente o meio ambiente. É andar na contramão da nossa evolução moral, espiritual, científica e tecnológica."
Depoimento Carla Pires, dona de dois cães, moradora de São Paulo e estudante de Medicina Veterinária:
“Na minha casa enfrento duas situações distintas: com a Zara, uma pug de 5 anos, que chegou em nossa casa aos 30 dias de vida, e com a Teka, uma vira-lata de 4 anos, que adotamos já adulta. A Zara nos dias em que soltam fogos fica agressiva, ataca a Teka, late excessivamente, rodopia, corre de um lado para o outro, fica totalmente alterada. Já a Teka fica em pânico, vomita, se esconde, e não acha lugar que se sinta segura o suficiente. A primeira vez que presenciamos a cena pensamos até em pedir para a veterinária um remédio para dar em dias como o Réveillon, jogos da Copa do Mundo etc. Mas não posso medicar minhas cachorras com calmante toda vez que soltarem fogos. Vou prejudicar a saúde delas.
O que fazemos é NUNCA deixá-las sozinhas nestes dias de festa... Ficamos dentro de casa com portas e janelas fechadas até o barulho insuportável passar.
Seja na minha casa ou em casa de parentes e amigos – que já sabem que, se nos convidarem para passar Natal ou Réveillon, têm que incluir a Zara e a Teka. Esta nossa atitude é criticada por muita gente, mas só quem já presenciou uma crise de pânico de um cachorro por causa de fogos pode entender o desespero.”
Seja na minha casa ou em casa de parentes e amigos – que já sabem que, se nos convidarem para passar Natal ou Réveillon, têm que incluir a Zara e a Teka. Esta nossa atitude é criticada por muita gente, mas só quem já presenciou uma crise de pânico de um cachorro por causa de fogos pode entender o desespero.”