O friozinho do outono já chegou nas regiões Sul e Sudeste do País e o momento é de retirar os casacos dos armários. Para quem tem cão ou gato em casa, uma pergunta parece inevitável nesta hora: meu pet precisa de roupinha para se aquecer? Em qual período do dia isso pode ser necessário?
Embora cães e gatos sejam adaptados ao tempo frio, uma vez que as espécies têm origens em regiões de clima temperado do planeta, uma roupinha pode cair muito bem em muitos deles.
Os cães idosos de pequeno e médio porte são, de modo geral, os que mais necessitam de roupinhas, devido a redução da camada de gordura na velhice. Na hora de dormir, vale a pena uma roupinha de tecido macio e de corte confortável.
Além dos idosos, o típico vira-lata brasileiro, que é um cão de pelo liso e claro, na maioria das vezes de cor caramelo, pode precisar de um agasalho quando os termômetros baixarem de 20°C.
Naturalmente que os cães de grande porte das raças Labrador, Golden Retriever, Akita, Husky Siberiano e Pastor Alemão dispensam qualquer tipo de roupa. Eles estão preparados para enfrentar até neve. Melhor é a gente abraçar eles para se esquentar. O cão São Bernardo não precisa nem falar: vive para resgatar pessoas perdidas em montanhas da Europa.
Algumas raças da moda enganam nesta hora. Os pequenos cães Shih-Tzu e Lhasa Apso podem precisar de roupinha à noite e durante caminhada em dias de vento frio. Embora as raças tenham origens em regiões da cordilheira do Himalaia, esses cães viviam em palácios e mosteiros, e não ao ar livre dessa gélida região.
Em relação aos gatos, a história é outra, diferente. Além de não gostarem de nenhuma roupinha, por mais linda que seja, os felinos raramente precisam de acessórios para se aquecer. Esses animais têm enorme capacidade de se protegerem do frio e da umidade por conta própria, recolhendo-se sobre cobertas da cama devidamente reviradas para se tornarem cafofos convidativos, ou em cantos quentes da residência pelo tempo que for necessário. Podem dormir praticamente o dia inteiro quando os termômetros estiverem baixos.
Raças como o Siberian de pelo longo (da Rússia) e o Norwegian Forest, da Noruega, têm um espetacular isolamento térmico formado pelas camadas de pelos e podem enfrentar nevascas. No entanto, raças como a Sphynx (o gato sem pelo) e a Don fazem parte da exceção à regra e podem necessitar de roupinhas por aqui.
Quando os gatos buscam abrigo na estante, por exemplo, está ótimo. O problema é quando os bichanos entram em locais perigosos para se aquecer: embaixo de lonas que protegem algum equipamento ou até dentro dos motores dos carros nas garagens. Eles têm facilidade para passar por espaços apertados e buscar locais inimagináveis (mas quentes!). Se não achar o bichano dentro de casa pela manhã, abra o capô do veículo e dê uma boa olhada, antes de dar a partida.
Ou seja, se você quiser proteger seu gato do frio, providencie cantos aconchegantes e distribua cobertas felpudas pela casa. Mas uma roupa do tamanho certo, com modelo que permita a liberdade de movimentos e de tecido macio é a proteção ideal para o seu cãozinho friorento.
AVISO: As roupinhas de lã de tricô não são recomendadas, pois o pet pode prender as unhas na trama, e não conseguir caminhar direito, e nem vestuários feitos com plásticos, que podem abafar demais o bichinho, não permitindo adequada ventilação.
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