O que tem de gente na propaganda eleitoral aparecendo com cão e gato no colo é de arrepiar qualquer eleitor. Não importa o campo ideológico, se de esquerda, centro ou de direita, são muitos os candidatos a prefeito e a vereador se dizendo amigo dos bichos de olho no voto dos tutores no dia 6 de outubro.
Nas principais capitais ou cidades do interior, postulantes a político prometem a construção de hospitais públicos para cães e gatos, farmácia popular para pets, fim das charretes (neste caso para aliviar exploração dos cavalos) e até o serviço de SAMU para os animais.
São bons projetos. Mas quantos dos atuais postulantes a cargos público estão de fato comprometidos com a causa animal? O que sabem ou estudaram sobre o bem-estar dos pets no convívio com a sociedade? Que leis e ações executivas devem ter prioridade?
Ao que tudo indica, a política descobriu o que a propaganda e a publicidade já sabem há muito tempo: bichinhos atraem e cativam os consumidores, por isso anúncios de seguro e de carros quase sempre têm cachorrinhos no roteiro.
Por isso, tem muita cara nova na causa animal. Gente aderindo o tema de última hora, mas incapaz de distinguir gato e lebre e saber que focinho de porco não é tomada.
Resta ao eleitor de modo geral, e em particular os que conhecem os problemas ligados aos pets, avaliarem quais candidatos de fato estão comprometidos com a causa, quais compreendem o avanço comum do bem-estar da sociedade e dos pets e quais vão de fato seguir neste caminho a partir da posse.
É fácil dissimular agora, e abandonar nossos amigos de quatro patas depois. E eles desconhecem o que significa deslealdade.
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