segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Saiba que seu pet não é e nem quer ser um folião!

A marchinha de Carnaval de Haroldo Lobo já diz tudo:

   "Allah-la-ô, ô ô ô ô ô ô
   Mas que calor, ô ô ô ô ô ô
   Atravessamos o deserto do Saara
   O sol estava quente, queimou a nossa cara
   Allah-la-ô, ô ô ô ô ô ô
   Mas que calor, ô ô ô ô ô ô"

  Os mais velhos conhecem a música deste compositor carioca e a garotada já deve ter ouvido a marchinha em algum bloquinho de rua. Nestes tempos de mudanças climáticas e eventos extremos, o calor está ainda mais severo do que nos tempos de Haroldo Lobo (o artista faleceu em 1965).

   O mês de janeiro de 2025 foi o primeiro mês do ano mais quente da história, segundo cientistas da União Europeia. Fevereiro não deve ficar atrás. Rio de Janeiro e São Paulo estão fervendo!

   Se o Carnaval já é algo barulhento demais para seus cachorrinhos, com a previsão de dias quentes a folia ficou proibitiva. Esqueça, não é programa para os bichos! Gatos? Nem pensar, eles não têm nada a ver nem com bloquinho dentro de casa.

  O felino doméstico é uma espécie que surgiu no Egito e na antiga Pérsia, durante o advento da agricultura. Em comum com a marchinha de Haroldo Lobo, apenas a citação de sua terra natal, mas o resto da letra é uma súplica por "água" porque o calor está demais.  

   "Viemos do Egito
   E muitas vezes nós tivemos que rezar
   Allah, Allah, Allah, meu bom Allah
   Mande água prá Iôiô
   Mande água prá Iáiá
   Allah, meu bom Allah ".
    

   Se você quer ir para a folia acompanhado, convide alguém de sua espécie, de qualquer sexo ou nenhum, mas alguém que transpire pelas glândulas sudoríparas e tenha o coração longe do chão quente. Cães e gatos não suam e andam próximo ao chão!  

   Seu pet quer sombra e água fresca, e nenhuma fantasia. 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Fevereiro Roxo Pet: campanha a favor dos idosos.

 

 Os cães e gatos idosos têm uma campanha só para eles neste mês de fevereiro. É o Fevereiro Roxo Pet! Que chega com toda força neste ano de 2025.

 A exemplo do que ocorre em relação à saúde humana em fevereiro, a campanha vem alertar os tutores dos animais sobre doenças neurológicas dos velhinhos e velhinhas de quatro patas.

 Sim, cães e gatos idosos podem sofrer da Síndrome da Disfunção Cognitiva, doença que pode ser chamada de "Alzheimer dos pets". Além de outras moléstias crônicas e degenerativas, como o Lúpus.

   Quando um cão idoso late sem parar à noite, rodopia com ansiedade ou não consegue sair de um canto da sala em que entrou, ele está apresentando os sintomas do Alzheimer dos animais.

   Ao contrário do que se possa imaginar, são problemas mais comuns do que pensamos, principalmente entre os cães. 

  A Síndrome da Disfunção Cognitiva não tem cura, sua evolução segue com o tempo, de maneira desfavorável, mas os pacientes podem e devem contar com medidas médicas que melhoram o seu bem-estar e a sua segurança.

  Já há na medicina veterinária gente especializada em cuidados com os animais idosos e profissionais neurologistas. 

  A terceira idade, para nós e para os pets, não é fácil! Cães e gatos tendem ainda a ficarem surdos e cegos (catarata) e a terem problemas articulares! 

   Em março, será a vez do Azul, referência à prevenção das doenças gastrointestinais dos animais. A cada mês uma nova campanha e cor serão lançadas, até o fim do ano. No último mês de 2025, teremos o  Dezembro Verde, projeto contra o abandono dos cães e gatos, que sempre aumenta na época das festas e das férias.  


domingo, 26 de janeiro de 2025

Cão queimado em acidente de avião em Ubatuba ganha rede de fãs

   

Branquelo e a veterinária Alice Soares/Arquivo pessoal 

      O cachorrinho Branquelo, um vira-lata de dois anos, estava passeando calmamente no calçadão da praia do Cruzeiro em Ubatuba, no litoral paulista, na manhã do dia 9 de janeiro deste ano, quando viu de perto a explosão de um avião que atravessou toda a pista de aterrisagem e foi parar dentro do mar. 

  Seus tutores estavam trabalhando em um parquinho da praia, e ele costumava perambular por ali solto e alegremente. 

  O piloto morreu no acidente, mas populares e bombeiros conseguiram retirar de dentro do jatinho a família que vinha de Goiás. O pai, a mãe e os dois filhos sobreviveram ao choque e ao incêndio, e foram levados para hospital da capital.  

 Naquele momento, Branquelo correu desesperado para longe das chamas, mas já tinha o rabo e parte do focinho queimados pela explosão do querosene (combustível da aeronave). O cachorrinho foi levado para clínica veterinária da cidade e, agora, que a poeira baixou um pouco, é o centro de atenção de rede de solidariedade que se formou em torno dele na região e na internet. 

   Branquelo, segundo a veterinária Alice Soares, que o atende, não corre risco de vida, mas tem até lesão em córnea (nos olhos), o que exige apoio de um médico veterinário oftalmologista. Como seus tutores não têm condição de pagar todo o tratamento, a ajuda ao cão esta sendo muito bem-vinda. 

 "Conseguimos reunir R$ 6 mil na vaquinha, o suficiente para o tratamento!, disse Alice Soares, ao G1. Conforme ela, o apoio está chegando de cidades próximas como o Guarujá e até de outros estados, como Bahia, Minas Gerais, Piauí e Goiás. Além disso, profissionais da medicina veterinária, de especialistas a laboratórios, estão atuando de maneira voluntária para ajudar o cãozinho queimado. 

    Sempre especial e sempre uma boa notícia a ajuda aos animais. Que Branquelo se recupere logo e volte a encantar as praias de Ubatuba. 

domingo, 12 de janeiro de 2025

Doença crônica de pet exige resiliência do tutor

  Todos nós gostaríamos de ter nossos pets sempre saudáveis e felizes. Um sonho que não bate 100% com a realidade, que apresenta ao longo da vida dos bichinhos bons momentos, outros ruins, outros delicados e a possibilidade de doenças e traumas.

  A categoria das doenças crônicas, porém, parece a que mais desanima e exaure as forças dos tutores, responsáveis pelos animais. A diabetes em cão e gato, por exemplo, exige a aplicação diária de insulina e a aferição da glicemia, e isso, convenhamos, não é para qualquer tutor. 

  Doenças crônicas das articulações, como a displasia coxo-femural, que necessita de idas ao fisioterapeuta ou ao acupunturistas, ou outras ainda mais graves como a trombocitopenia imunomediada dos cães, doença incurável do sistema imunológico, deixam qualquer tutor de cabelos brancos e bolsos mais vazios.

  Ainda há os problemas respiratórios crônicos dos gatos e as doenças infecciosas para as quais não há cura, como a Fiv e a Felv. 

  São pacientes que vão exigir ao longo da vida cuidados especiais. 

  Os tutores, surpreendidos por esses diagnósticos, reagem de diversas maneiras: uns se tornam disciplinados cuidadores de seus animais e outros reagem com lamúrias, frustrações (escondidas) e indignação permanente.  

   Deste segundo grupo, o principal alvo das críticas (infundadas) são os médicos veterinários, afinal são eles que estão por perto e foram os mensageiros das más notícias. 

   As queixas começam pelos sintomas que não desaparecem apesar de ser isso explicado desde o início; depois os custos altos, que muitas vezes não dependem do veterinário, e até da quantidade de exames laboratoriais pedidos (mesmo que seja o mínimo necessário). 

   Ao longo dos meses, a tendência é essa relação se deteriorar se o tutor achar que é um sujeito azarado e que nunca poderia ter tido um animal com limitações crônicas. Se for endinheirado, vai jurar que há algo que possa comprar para resolver o problema.

  Uma tutora, que tem uma cachorrinha com problemas crônicos, costumava reclamar todas as semanas dos mesmos sintomas da doença, e sequer comemorava algum avanço. Outro, um jovem, chegava a informar sempre qual o custo do medicamento de seu gato, como se o veterinário fosse o dono do laboratório internacional. 

    Mas há aqueles tutores que abraçam com amor o destino e não veem as coisas desta maneira. Cuidam bem de seus cachorrinhos e gatos diabéticos, classificam como investimento, e não gastos, a compra das ampolas de insulina. E há ainda os que fazem o fardo mais leve pelo puro prazer da companhia, seja em uma piscina de fisioterapia com seu cão ou seja em sessão de quimioterapia de seu gato. 

   Melhor esse caminho, que une tutores e médicos. Isso, amigos e amigas, porque NÃO HÁ MÁGICA no mundo real da saúde e da doença de nossos pets!

    

       

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Ano começa com o Cadastro Nacional de pets

  Os cães e os gatos de todo o País ganharam o direito de ter uma Carteira de Identidade com validade em todo o território nacional. Documento parecido com o nosso. O início do projeto está previsto para este mês de janeiro de 2025.  

 O governo federal criou o Cadastro Nacional de Animais Domésticos, algo inédito no País, que vai funcionar por meio da conta Gov.br dos tutores dos pets.

 Ao cadastrar seu cão ou seu gato no sistema, os tutores terão direito de emitir a Carteira de Identidade deles, útil para o caso de viagens pelo país e nas campanhas de vacinação promovidas pelo poder público. 

  Os tutores terão que inserir no sistema Gov.br os dados do animal, as vacinas já tomadas e o endereço em que residem. No entanto, nesta primeira semana de janeiro o autor do blog acessou a conta Gov.br e o Castrado Nacional de Animais Doméstico ainda não estava disponível para os usuários. 

  O sucesso do Cadastro Nacional dos pets vai depender muito da participação dos tutores e da confiança destes no sistema. A inscrição no Cadastro é voluntária e gratuita. 

   Se o projeto for bem-sucedido, será de grande importância também para medidas de saúde pública, uma vez que cães e gatos podem transmitir algumas doenças às pessoas. Tendo um raio-x da população de cães e gatos no País pode-se pensar em linhas de trabalho, como vacinação contra a doença raiva mais bem elaboradas.

  Além disso, um Cadastro Nacional deve inspirar medidas e pesquisas sobre o bem-estar animal e orientar com maior precisão as campanhas de castração públicas, nas regiões onde são mais necessárias. 

   A teoria é boa, mas a prática é que vai dizer se a novidade vai dar certo e se veio para ficar!    

    

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Retrospectiva 2024: o herói é o cavalo Caramelo!

   
O cavalo Caramelo neste mês de dezembro/Foto Ulbra

  
     Nenhuma imagem neste ano, ao menos de animais, marcou tanto quanto a foto do cavalo Caramelo sobre um telhado, no município de Canoas, no Rio Grande do Sul, assolado pelas inundações de maio. 
     O cavalo estava cercado por águas, encontrou refugio em um telhado, pequeno, onde permaneceu de pé por dias, como um naufrago sobre um bote. Um helicóptero de telejornalismo avistou o animal e transmitiu ao vivo o drama de Caramelo. 
     Resgatado nos dias seguintes por bote, em um operação que envolveu bombeiros e médicos veterinários, o cavalo estava abatido, magro e com feridas na pele. Resistiu o quanto pode de pé, sem comida.
        Foi levado direto para o hospital veterinário da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), no Rio Grande do Sul. 
      Neste mês de dezembro, portanto sete meses depois de ser salvo em operação dramática, o cavalo Caramelo foi oficialmente adotado pela Universidade Luterana. E terá dias melhores pela frente. 
    Caramelo está saudável e lindo. Hoje pesa 400 quilos, 50 quilos a mais do que quando foi resgatado das enchentes. Tem acompanhamento médico, nutrição balanceada e até quem faça suas redes sociais, pois muitos internautas querem ter notícias dele.
   Símbolo de resiliência e esperança, o cavalo Caramelo é nosso homenageado nesta retrospectiva de 2024.
      Evidentemente, que a coluna inclui também o cão Joca, um Golden Retriever, que morreu a bordo de avião da Gol depois de ter sido embarcado para destino errado, nesta homenagem aos animais que marcaram o ano de 2024. Sua morte não foi em vão e mudou as regras de segurança para o transporte de cães e gatos em aeronaves no País. 
            Um Feliz 2025 para todos!  
    
    

domingo, 8 de dezembro de 2024

Mantenha seus pets longe da ceia de Natal!

  Todos os anos é o problema se repete. O tio quer fazer graça e começa a dar petiscos por debaixo da mesa para o cachorrinho ou a levar até o gatinho, escondido, pedaços de peru ou presunto da ceia de Natal. Tudo muito bem temperado.

  A ceia dos humanos não tem nada a ver com a dieta saudável de um cão e de um gato. Rica em temperos, gordura, cebola, abacaxi, passas (sempre muitas passas) a mesa natalina é um risco para o sistema gastrointestinal de seu pet. 

  O ponto crítico é que os convidados não são avisados de que não é permitido dar comida aos animais. Mesmo se uma placa avisasse da restrição, depois de alguns goles de vinho ou cerveja, a turma iria relaxar e cair na sedução dos olhos repletos de pedidos dos pets.

As mesas com bombons então são um perigo! O chocolate (cacau) é tóxico aos cães. Manteiga e sorvetes podem intoxicar os gatos. 

A solução é fazer uma ceia específica para seu cão ou seu gato. Uma comida caseira, sem sal e sem tempero. Essa opção é melhor até do que a compra de ceias de natal para pets, cujos ingredientes muitas vezes são desconhecidos pelo consumidor. 

A receita para os pets:

O cães apreciam uma ceia bonita e colorida que dever ser feita com atum em lata, brócolis e cenoura cozidas, e um ovo de codorna também cozido.

Os gatos podem provar o atum em lata, ou salmão cozido, e um pouco de brócolis cozido. 

Tudo a ser servido ao lado da mesa dos humanos. 

Mas ponha uma plaquinha na porta para o tio fanfarrão: Estamos de olho! Não dê o peru de Natal temperado aos pets!

E bom Natal!