domingo, 12 de janeiro de 2025

Doença crônica de pet exige resiliência do tutor

  Todos nós gostaríamos de ter nossos pets sempre saudáveis e felizes. Um sonho que não bate 100% com a realidade, que apresenta ao longo da vida dos bichinhos bons momentos, outros ruins, outros delicados e a possibilidade de doenças e traumas.

  A categoria das doenças crônicas, porém, parece a que mais desanima e exaure as forças dos tutores, responsáveis pelos animais. A diabetes em cão e gato, por exemplo, exige a aplicação diária de insulina e a aferição da glicemia, e isso, convenhamos, não é para qualquer tutor. 

  Doenças crônicas das articulações, como a displasia coxo-femural, que necessita de idas ao fisioterapeuta ou ao acupunturistas, ou outras ainda mais graves como a trombocitopenia imunomediada dos cães, doença incurável do sistema imunológico, deixam qualquer tutor de cabelos brancos e bolsos mais vazios.

  Ainda há os problemas respiratórios crônicos dos gatos e as doenças infecciosas para as quais não há cura, como a Fiv e a Felv. 

  São pacientes que vão exigir ao longo da vida cuidados especiais. 

  Os tutores, surpreendidos por esses diagnósticos, reagem de diversas maneiras: uns se tornam disciplinados cuidadores de seus animais e outros reagem com lamúrias, frustrações (escondidas) e indignação permanente.  

   Deste segundo grupo, o principal alvo das críticas (infundadas) são os médicos veterinários, afinal são eles que estão por perto e foram os mensageiros das más notícias. 

   As queixas começam pelos sintomas que não desaparecem apesar de ser isso explicado desde o início; depois os custos altos, que muitas vezes não dependem do veterinário, e até da quantidade de exames laboratoriais pedidos (mesmo que seja o mínimo necessário). 

   Ao longo dos meses, a tendência é essa relação se deteriorar se o tutor achar que é um sujeito azarado e que nunca poderia ter tido um animal com limitações crônicas. Se for endinheirado, vai jurar que há algo que possa comprar para resolver o problema.

  Uma tutora, que tem uma cachorrinha com problemas crônicos, costumava reclamar todas as semanas dos mesmos sintomas da doença, e sequer comemorava algum avanço. Outro, um jovem, chegava a informar sempre qual o custo do medicamento de seu gato, como se o veterinário fosse o dono do laboratório internacional. 

    Mas há aqueles tutores que abraçam com amor o destino e não veem as coisas desta maneira. Cuidam bem de seus cachorrinhos e gatos diabéticos, classificam como investimento, e não gastos, a compra das ampolas de insulina. E há ainda os que fazem o fardo mais leve pelo puro prazer da companhia, seja em uma piscina de fisioterapia com seu cão ou seja em sessão de quimioterapia de seu gato. 

   Melhor esse caminho, que une tutores e médicos. Isso, amigos e amigas, porque NÃO HÁ MÁGICA no mundo real da saúde e da doença de nossos pets!

    

       

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