No segundo dia de palestras e debates do IV Simpósio em Saúde Ambiental do Programa de Mestrado Profissional em Saúde Ambiental da FMU - Água e Energia, discutiu-se a herança que o País vai deixar para as futuras gerações. Mas nem tudo teve cores pessimistas. Foi ressaltado que é possível tirar das crises lições e avançar na direção de um mundo melhor.
Confira abaixo os debates realizados na sexta-feira, dia 30 de outubro de 2015, no prédio da Faculdade de Medicina Veterinária da FMU, na rua Ministro Nelson Hungria.
Reportagem e fotos de Ricardo Osman
Os economistas costumam dizer que mesmo nas crises
surgem oportunidades de negócios e graças ao espírito empreendedor soluções
antes inimagináveis são postas na mesa. Os especialistas reunidos no segundo
dia do IV Simpósio em Saúde Ambiental do Programa de Mestrado Profissional em
Saúde Ambiental da FMU também discutiram e apresentaram um legado positivo da
atual crise de água e energia que enfrenta o Brasil.
“Aprendemos que a água é finita, e que o ar pode ser
finito. Aprendemos a economizar água. Os governos perceberam a fraqueza do sistema
e os Ministérios Públicos Federal e Estadual estão mais eficazes em suas atuações”,
disse Alessandro Luiz Oliveira Azzoni, diretor da Opzione Fomento Mercantil e integrante
do Conselho de Meio Ambiente da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da
cidade de São Paulo, o primeiro palestrante do segundo dia do IV Simpósio, que
ocorreu na sexta-feira, dia 30 de outubro, em espaço da Faculdade de Medicina
Veterinária da FMU, campus Ponte Estaiada. “Acredito que não retornaremos mais
ao consumo anterior e as Agências Reguladoras estão mais atentas. Temos de
tirar proveito da crise sim. Se não fizermos nada a água e a energia podem
acabar.” A palestra de Azzoni tratou justamente da “Crise hídrica: seus efeitos
e seu legado”.
Coordenadora da Faculdade de Medicina Veterinária, professora Ana Cláudia Balda, abre o segundo dia do IV Simpósio em Saúde Ambiental da FMU |
A palestrante Fernanda Macedo |
A segunda palestrante do dia foi Fernanda Lopes Macedo, zootecnista pela Unesp e mestre em Ciência Animal e Pastagem pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP). Ela falou sobre o “Uso racional de água e de fontes alternativas de energia na bovinocultura leiteira.” Mas chamou atenção em sua palestra o esforço necessário para que uma nova consciência sobre o uso de água e energia se difunda entre pequenos e médios produtores e o papel relevante que tem a academia neste processo.
Com o debate aberto, a estudante Nicole Deguide, de
22 anos, que cursa o 5º período da Faculdade de Medicina Veterinária da FMU,
observou para todos que faltou informação à população sobre a dimensão da crise
hídrica de 2015. “A população só foi informada quando a crise chegou a um ponto
crítico. Os governos deveriam ter explicado à população o motivo da falta de água
desde o início.” Suas palavras alimentaram intenso debate sobre o papel da mídia
e a qualidade da informação fornecida por órgãos governamentais ao longo deste
ano.
O IV Simpósio tornou-se cenário da discussão da “crise
de informação” que esteve ao lado das da água e da energia – e o objetivo do
evento, “de levantar a discussão”, como ressaltou o professor Donini na
abertura, pareceu alcançado.
OS
TRABALHOS CIENTÍFICOS
Avaliação simultânea dos trabalhos científicos apresentados para o IV Simpósio |
Depois das palestras e do debate, os participantes
do IV Simpósio em Saúde Ambiental da FMU seguiram para sala do programa de
Mestrado em Saúde Ambiental para acompanhar de perto a tarefa de revisores na
avaliação dos trabalhos científicos apresentados para o evento. Vinte e dois
trabalhos científicos, previamente aprovados do total inscrito, foram avaliados
simultaneamente por revisores diante da plateia convidada.
Os revisores puderam sentar ao lado dos autores dos
trabalhos científicos e, diante de computadores, conhecer o texto dos estudos e
receber explicações na hora da avaliação. Foram dadas notas para vários
aspectos dos 22 trabalhos científicos e quatro serão indicados como os melhores,
os vencedores do IV Simpósio, após a contagem dos pontos, o que deve ocorrer
nos próximos dias.
Autora de trabalho científico (à esq.) apresenta o estudo aos revisores do IV Simpósio |
Todos os 22 trabalhos científicos previamente
aprovados serão publicados como anais na revista científica eletrônica Atas de Saúde Ambiental – ASA, conforme
informou a professora Andrea Roberto Bueno Ribeiro, coordenadora deste processo
de seleção e avaliação e editora da revista eletrônica ASA. Desta forma, os trabalhos científicos apresentados para o IV
Simpósio em Saúde Ambiental do Programa de Mestrado Profissional em Saúde
Ambiental da FMU poderão ser conhecidos facilmente por todos.
O endereço eletrônico da revista ASA é: http://revistaseletronicas.fmu.br/index.php/ASA/index
Pesquisa:
“Detecção de Circovírus suíno 2
(PCV2) por reação em cadeia pela polimerase (PCR) nas fezes e baia de suínos
em granja sem vacinação”
|
Autores:
Alessandra Barone Briani Fernandes;
Carlos Henrique Quarello de Moraes; Elmar de Azevedo Alvarenga; Fernanda
Rodrigues da Silveira; Suzana Cristina Quintanilha ; Alessandra M. M. Gomes
de Castro e Flávio Baldisseri Jr.
|
Pesquisa:
“Caprinocultura leiteira: aspectos
econômicos e avaliação de atratividade do negócio”
|
Autores:
Gilmar de Oliveira
Pinheiro; Erico da Silva Lima; Vitória Souza de Oliveira Nascimento
|
Revisão Bibliográfica:
“Coliformes termotolerantes: Bioindicadores da
qualidade da água destinada ao consumo”
|
Autores:
José Alexandre de
Oliveira; Maria Claudia H.G dos Santos; Nair Massumi Itaya; Ricardo Moreira
Calil
|
Revisão Bibliográfica:
“Agroecologia como
ferramenta de sustentabilidade nas pastagens”
|
Autores:
Tiago Neves Pereira
Valente; Erico da Silva Lima; Crislen
Adrielle Luz Sobrinho; Vitória Gallo Borges de Lima; Sandro de Castro
Santos
|
O
periódico Atas de Saúde Ambiental - ASA, ISSN 2357-7614, é uma iniciativa do corpo
docente do Curso de Mestrado Profissional em Saúde Ambiental das Faculdades
Metropolitanas Unidas – FMU, com interesse multidisciplinar nas áreas diversas
que compõem a temática central do Curso: Saúde e Ambiente. O corpo editorial da revista eletrônica é composto por renomados
pesquisadores e docentes de diversas instituições nacionais e internacionais.
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