segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Episódio Pandora: lições devem inspirar novo plano de voo para os pets.

   Quem tem um pet sabe que uma noite sem ele é uma eternidade. Imaginem 45 dias sem saber onde está a sua cachorrinha!

  Neste domingo, dia 30 de janeiro, um daqueles milagres que ficamos esperando acontecer por fim se realizou: a cachorrinha Pandora, que desapareceu em dezembro no Aeroporto Internacional de Guarulhos, durante uma conexão de voo da Gol, foi achada em um dos terminais e retornou ao tutor Reinaldo Júnior.

  A vira-lata Pandora viajava de Recife para Navegantes, em Santa Catarina, e o plano de voo previa troca de aeronave em São Paulo. Mas ela desapareceu no terminal e não foi levada para o embarque para Navegantes.  

   O tutor nunca perdeu a esperança de encontrá-la. Reinaldo e sua mãe Terezinha, que vivem em Recife, foram morar em Guarulhos, inicialmente em hotel pago pela Gol e depois em casa de apoiadores, para manter a busca pela cachorrinha. 

  "Agradeço a Deus que respondeu às minhas orações", escreveu Reinaldo em sua conta no Instagram.

  Houve uma falha no transporte da Pandora durante a conexão dos voos em São Paulo. Mas a causa da fuga da Pandora, que viajava dentro de caixa de transporte fechada, como manda a regra, não está ainda esclarecida. 

  A segurança e o bem-estar dos pets nos voos é coisa a ser aprimorada no Brasil. Os pequenos podem ir dentro do avião com os tutores (em média pets de até 8 kg de peso) e os maiores devem seguir no compartimento de carga viva (com temperatura média adequada de 22°C). 

 As conexões são pontos delicados e a temperatura alta de cidades como Rio de Janeiro, Salvador e Espírito Santo exigem cuidados especiais no embarque e desembarque.

 Cães e gatos não estão adaptados ao calor dos trópicos, ainda mais dentro de caixas de transporte. Uma vez fora do compartimento da aeronave correm risco de hipertermia, devido ao sol e ao calor da pista. 

 O episódio Pandora deixa lições e exige novo plano das companhias.

 Reinaldo Júnior e a cachorrinha mostraram que não se trata mais de "carga viva" a bordo, mas de um integrante valioso da família que é esperado são e salvo no destino.  

  

Reinaldo e Pandora/Foto Instagram

   

sábado, 22 de janeiro de 2022

Que calor bicho!

  A meteorologia informa: o verão chegou para valer e a última semana deste mês de janeiro será muito quente. Neste sábado, dia 22, a temperatura chegou, no horário da tarde, aos 31°C em São José dos Campos; aos 32°C em São Paulo e aos 34°C no Rio de Janeiro. A previsão é de que o calor se mantenha ou vá além destes patamares.

 Se para nós, humanos, está quente, para os cães e os gatos o planeta está fervendo. 

  Isso porque cães e gatos têm uma característica comum: não estão adaptados para o clima quente dos trópicos. Ambas as espécies sofrem com o calor, principalmente porque não têm a capacidade de suar, como nós humanos e os cavalos. A transpiração é um sistema muito eficiente para baixar a temperatura corporal.

  No ranking da termo regulação em regiões tropicais, os caninos e os felinos são os últimos colocados. O típico cão vira-lata brasileiro tem algumas vantagens no pelo liso e patas longas, mas de modo geral eles nasceram mesmo para viver perto do Polo Norte! 

  A temperatura interna deles é alta, cerca de 38,5°C (a do ser humano está em torno de 36,5°C). O coração, que é um órgão quente, fica perto do chão nos pets, o que agrava o aquecimento em dias de calor. 

 Esses pets contam basicamente com quatro recursos para esfriar o organismo: 1) ofegar, quando abrem a boca e colocam a língua para fora para evaporar saliva e secreção nasal (Evaporação); 2) por contato direto da barriga com um chão gelado (Condução); 3) por Convecção do vento ou da água passando e retirando o calor do corpo ou pelo 4) sistema de radiação infravermelha, se aproximando de objetos maiores e frios. 

  Os pelos atrapalham em algumas poucas raças, mas de modo geral ajudam a combater o calor, ao contrário do que pensamos. A maioria dos pelos consegue manter a temperatura da pele do cão e do gato abaixo da temperatura do ambiente. Além disso, protegem dos raios solares terríveis do verão.

  Neste verão, que chegou de verdade agora, mantenha seus animais em locais frescos da residência e ofereça bastante água de dia e de noite. Vale até colocar pedras de gelo nos potes de água, para mantê-la fresquinha por mais tempo.

 Evite passear com os cães nas horas quentes do dia, pois além da possibilidade de insolação, calçadas e asfalto aquecido podem causar queimaduras nos coxins das patas, e até queimaduras internas no caso de raças de patas curtas como os Dachshunds e  Corgis, que têm a barriga bem próxima ao chão. 

Mesmo o transporte ou a manutenção dentro do carro, durante uma compra rapidinha, podem causar o aquecimento excessivo, com risco de morte do pet.

Em vez disso, que tal um mergulho na piscina,  ou  banho de mangueira? Garanto que o seu amigo canino vai adorar!




sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Ano novo, vacina nova!

    Na medicina veterinária não há discussão e nem consulta pública: todos os filhotes de cães e gatos, os animais adultos e idosos devem ser vacinados todos os anos contra as principais doenças infecciosas destas espécies.
 
    Os filhotes de cães devem receber três doses de vacinas em série, e os filhotes de gatos duas em série, ministradas após o desmame. Enquanto a série não está completa, é necessário manter os filhotes afastados de outros animais, até ativarem totalmente seus sistemas imunológicos, pois ainda há um risco de ficarem doentes. 

   Se o pet for adulto, é sempre interessante aproveitar a virada do ano para checar na Caderneta de Vacinação a data da reaplicação das vacinas, que é anual. Cães  adultos e idosos precisam de uma dose das vacinas conhecidas como V8 e V10 (contra 8 ou 10 doenças de caninos), enquanto os gatos devem receber as vacinas V4 ou V5 (contra 4 ou 5 doenças de felinos).

    As aplicações de V8 e V10, por exemplo, incluem a proteção contra a Cinomose, a Parvovirose e o Coronavírus canino (sim, há um vírus espécie-específico do tipo corona que infecta o cão, e não, não é o da COVID 19). E a V4 ou a V5 incluem a proteção contra a gripe dos gatos, ou Rinotraqueíte, e contra a Panleucopenia.
 
    Para completar o esquema anual de imunização, também é necessário vacinar cães e gatos contra a raiva. Todos os anos é preciso fazer este "reforço" para garantir que o nível de proteção oferecido pelas vacinas não diminua com o tempo.
      
   Afinal, ninguém quer ver seu pet gripado ou com uma doença infecciosa mais grave e capaz de causar sequelas ou mesmo morte, quando é possível evitar o problema.
   
     Por isso é necessário consultar sempre  um veterinário, que vai organizar as aplicações da forma correta, para que seu cãozinho ou gatinho esteja sempre protegido.

   Desejo a todos os nossos leitores, que comecem o ano com pata direita

   E nada de negacionismo aqui no mundo animal, hein!
    
   Um Feliz e Abençoado 2022 para vocês e seus pets!