terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Réveillon, mas sem fogos de artifícios!

  O inventor dos fogos de artifícios não gostava dos bichos, ou não se importava com eles.  Não é possível outra conclusão. 

  Para os pets e os animais silvestres, os fogos disparados na comemoração do dia 31 de dezembro em nada anunciam um novo ano; ao contrário, devem parecer com bombas do fim do mundo.

   Nesta passagem de ano, não use fogos de artifícios e nem estimule que outras pessoas usem. 

   Os cães e os gatos, com seus ouvidos poderosos e sensíveis, ficam assustados com a explosão de energia dos fogos. O barulho inesperado e as luzes são vistos como algo perigoso. E realmente são perigosos.

    Diante do medo, as frequências respiratória e cardíaca dos pets aumentam, elevando também a temperatura corporal e os riscos de convulsão. 

   Por isso, é fundamental deixar à disposição de seu cãozinho e gatinho uma espécie de "caverna" (abrigo) onde ele possa se esconder na noite do dia 31 de dezembro. Fundamental fechar todas as janelas da residência para reduzir a potência do som e das luzes. Mas o mais importante é não deixar seu animalzinho sozinho.

   Quem sabe um dia, em cidades como Rio de Janeiro e Florianópolis, São Paulo e São Sebastião, o festival de fogos de artifícios seja substituído por algo mais silencioso e inofensivo! Quem sabe um festival de drones, destes que montam figuras no céu, seja uma nova opção! Neste caso, todos poderiam ir aos eventos levando crianças e pets!

           

domingo, 17 de dezembro de 2023

Neste Natal, não esqueçam dos pets!

  O filme "Esqueceram de mim", sucesso em 1990, com Macaulay Culkyn, bem que poderia ter uma versão canina ou felina. O menino é esquecido pela família no Natal. Os pais vão viajar e o garoto fica para trás, dentro de casa, sozinho. 

   Na correria das festas natalinas, entre fazer o arroz com passas, preparar o peru assado, abrir o panetone e saber das novas brigas da família, os pets costumam ficar de lado, debaixo da mesa da cozinha, em um quarto qualquer da residência ou até esquecidos no quintal. Em alguns casos, são deixados no interior de carros na garagem!

   Quando Papai Noel chega, sempre com algazarra e presentes, os cachorrinhos e os gatinhos que estão na residência recebem beijos e abraços apertados de estranhos. Pior: a turma oferece, sem nenhuma preocupação, passas, nozes, panetones e presunto para os bichinhos! Nada disso faz bem!

   Natal de pet é natal tranquilo, mais para o espírito do presépio criado por São Francisco, e com jantar balanceado, com a ração ou comida caseira de sempre, hora certa para dormir e muita água à disposição.

   Por isso, neste Natal faça uma ceia especial para seu cachorrinho, a base de carnes e brócolis, cenoura e abóbora cozidas, para ter um diferencial saudável, e crie um ambiente seguro e sossegado para seu gatinho. 

   Avise aos convidados que NÃO é permitido dar comida natalina (gordurosa) aos amigos de quatro patas. 

   Outra providência fundamental, é não deixar a porta da casa ou do apartamento aberta, sem vigilância. E evite árvores de natal com enfeites, sobretudo para quem tem gatos.

   Se for viajar, é preciso um bom planejamento: se levar o pet já sabe que a programação terá restrições, outra opção é escolher um hotelzinho de confiança.

RESGATADOS _ Você pode dar uma de Papai Noel para cães e gatos resgatados das ruas e que vivem sob os cuidados de Organizações NÃO-GOVERNAMENTAIS (ONGs) sérias do País. 

  Uma doação a essas instituições faz bem a todos. Elas resgatam, cuidam e levam para doação animais retirados das ruas. É um trabalho interminável em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.

   Neste Natal, não esqueça daqueles bichinhos que estão aguardando por uma família!    

    

 

     

domingo, 3 de dezembro de 2023

O Adeus ao fotógrafo dos cães, Elliot Erwitt.

Foto Elliot Erwitt/Exposição Centro Cultural Fiesp
 

    Você já imaginou ver o mundo a partir do ponto de vista dos cães?

    O fotógrafo Elliott Erwitt, um dos maiores mestres da fotografia, fez inúmeros trabalhos mostrando o cotidiano a partir da altura dos cães. Ele literalmente pôs a câmera fotográfica perto do chão e clicou os caninos ao lado de seus tutores humanos. 

    São flagrantes curiosos e bem-humorados. O artista Elliott Erwitt exibe cenas originais, em que cães e humanos se misturam no cotidiano, e demonstra que, comum na visão dos cães, são os calçados! Sim, os cães pequenos e médios vêem muitos sapatos, sandálias e botas!

  Elliott Erwitt morreu no dia 30 de novembro passado, em Nova York, nos Estados Unidos, aos 95 anos. Foi ao longo da vida um admirador dos cães. Sempre disse que eles são os melhores amigos dos homens. Foi fundador da agência de fotos Magnum, ao lado de Robert Capa.

  Os brasileiros puderam conhecer sua obra de perto na exposição "Vida de Cão", realizada no Centro Cultural Fiesp, em São Paulo, em 2017, com curadoria de João Kulcsár. Foram reunidas 50 fotografias do artista, todas em branco e preto!

  O fotógrafo Elliott Erwitt era um mestre do preto e branco, estilo em que imortalizou imagens de gente famosa como Marilyn Monroe e Che Guevara.

   Mas no caso das obras sobre os cães há um acerto a mais no estilo. Os cães não enxergam o mundo colorido como nós humanos. O vermelho e o amarelo gritantes não fazem parte da vida eles. A visão dos cães é formada por tons pasteis das cores.

    Os pets, com certeza, agradecem a atenção do fotógrafo! 

   
Fotografia Elliott Ervitt/Centro Cultura Fiesp

 

   

domingo, 26 de novembro de 2023

A cama ficou pequena! Os pets invadiram o colchão!

  Se há um lugar na residência que os cães e os gatos estão adorando ficar é na cama dos tutores. Os cachorrinhos pequenos ficam no meio do casal, sem cerimônia. Os cães grandes tentam garantir vaga nos nossos pés e os gatinhos, quando tudo está quieto, se aconchegam até sobre o peito da gente.

  Um fenômeno curioso já é relatado pelas pessoas: quando a TV é desligada pelo controle remoto e os tutores vão escovar os dentes, turma de quatro patas se antecipa e vai correndo para garantir a vaga na cama! Dali só sai de manhã!

   Se estiver calor, se esticam com a barriga para cima. Se estiver frio, se metem até debaixo do cobertor!

  Nesta hora, eles não querem ficar no sofá ou na caminha deles. Por uma questão simples: sabem por instinto que dormir juntos aumenta a segurança de todos. E é mais agradável...

   Mas os humanos também são beneficiados. A Ciência já demonstrou que os pets ajudam a reduzir o estresse e a ansiedade! E na hora de pegar no sono, isso é fundamental.  

    No caso dos cães, esta convivência à noite é mais antiga do que com os gatos. Os cães dormem ao lado dos seres humanos há mais de 15 mil anos nos campos e nas florestas. Foi a primeira espécie domesticada.

    O Canis familiaris traz um benefício ao sono que é a certeza dos tutores, consciente ou inconsciente, de que um vigilante estará por perto, capaz de ouvir e cheirar intrusos de longe . Nós, primatas, por instinto, tememos intrusos à noite. 

    O desenvolvimento das vacinas para cães e gatos, de vermífugos e de produtos para eliminar pulgas e carrapatos, foi a cereja deste bolo servido sobre o colchão. Com proteção contra doenças e livres de parasitas, os peludos invadiram de vez as camas.

     Para que tudo dê certo, siga algumas regras:

1) Seu cão e gato devem estar limpos e escovados para subir na cama.

2) É preciso definir uma área da cama para eles, dar um limite neste espaço.

3)  Não pode haver nenhum sinal de agressão ou de irritação do pet na cama em relação aos tutores. Afinal, a cama NÃO é deles.

4) Deixe claro que o espaço é do casal, mas que eles são convidados. 

5) Os cães idosos precisam de uma pequena escada para subir na cama. Há inúmeros modelos deste tipo de escada à venda nas lojas on-line e nas petshops.  

     

domingo, 19 de novembro de 2023

Mudanças climáticas trazem desafios para os Zoos

  As mudanças climáticas decorrentes do aquecimento do Planeta vão exigir novas discussões sobre a constituição dos Zoológicos no Brasil. A recente onda de calor, que afetou São Paulo e Rio de Janeiro, ameaçam o bem-estar e a saúde dos animais nos zoológicos.

   Apesar de todos os cuidados e empenho das equipes, alguns animais do Zoológico de São Paulo como ursos, leões e águias são de regiões de clima frio e temperado. Inaugurado em março de 1958, o Zoológico de São Paulo nasceu em uma cidade conhecida como Terra da Garoa, com clima frio e úmido, exigindo algumas adaptações para as espécies exóticas. 

   Mas 65 anos depois daquela inauguração, o clima em São Paulo apresenta longos períodos de onda de calor e de baixa umidade, além de ventos que estão superando os 100 km por hora. E agora? O que fazer com os ursos, lobos e felinos peludos? 

   Nem os camelos do deserto devem aguentar o calorão abafado de São Paulo!

   A situação do RioParque, nome atual do Zoológico do Rio de Janeiro, localizado na Quinta da Boa Vista, é ainda pior. Os desafios são enormes diante das mudanças climáticas. Na semana passada a temperatura máxima do Rio superou os 42°C!

   Nem na África os bichos enfrentam essa situação! 

   No Parque Nacional do Serengeti, no norte da Tanzânia, na África Oriental, a temperatura é agradável e de calor moderado (média de 26°C), não superando os 30°C, conforme o site Safari Booking. O Parque é famoso por ser o habitat natural de animais selvagens, como os elefantes, leões, girafas, leopardos, gnus e zebras.  

   E qual a sensação térmica para esses animais que estão no Brasil? 

  Os cálculos de sensação térmica atuais são para os seres humanos e levam em conta a umidade relativa do ar e a temperatura ambiente. Portanto, ninguém sabe ao certo como todo esse calor está sendo sentido pelos bichos, ainda mais os estrangeiros. Mas podemos imaginar! 


domingo, 12 de novembro de 2023

Onda de calor é alerta vermelho para os pets

  O calor extremo registrado nestes dias no Brasil é fenômeno que desagrada e faz muito mal à saúde dos pets. Pelo visto, a conta das mudanças climáticas, provocadas pelo desmatamento e a poluição oriunda das atividades humanas, já chegou. Os bichos não têm culpa nisso, mas já sofrem com as consequências. 

 O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) divulgou um Alerta Laranja de Perigo para a região Sudeste do País devido ao calor extremo registrado na semana passada e o previsto para esta semana. As regiões Centro-Oeste e Sul do País estão em Alerta Vermelho. Foram registradas temperaturas 5°C acima da média do mês.

     Na cidade de São Paulo, os termômetros registraram no domingo dia 12/11 temperatura de 37°C, a mais alta para novembro dos últimos 19 anos. Tempo quente e seco, nas ruas, os termômetros marcaram 40°C.

  Na cidade do Rio de Janeiro, na estação de Irajá, no subúrbio, a temperatura registrada foi de 42,5°C. Mas a sensação térmica chegou a 50°C, para os humanos. 

   Já imaginaram qual a sensação térmica para um peludo?

  Cães e gatos sofrem demais com o calor e podem apresentar quadro grave de saúde. Os caninos e os felinos não combinam com altas temperaturas dos climas tropical e subtropical do Brasil. E são ameaçados pelos fenômenos extremos, como a onda de calor. 

   São espécies adaptadas ao clima frio e temperado, pois não suam, e a transpiração (como a dos humanos e dos cavalos) é sistema eficiente de resfriamento do organismo. Além disso, o coração está mais perto do chão quente do que os dos humanos. 

  Os riscos dos amigos de quatro patas apresentarem desidratação, problemas cardíacos e hipertermia são maiores. Em casos graves, eles vão a óbito.

  Os tutores devem estar atentos aos alertas do Instituto Nacional de Meteorologia (https://portal.inmet.gov.br/)

    Abaixo, algumas orientações do autor deste blog:

1) Mantenha boa oferta de água fresca, se possível gelada, para seus cães e gatos

2) Ofereça a opção de sombra inclusive dentro de casa. O chão da cozinha e do banheiro internos para os cães é mais fresco do que o quintal

3) Cães braquicefálicos (das raças Bulldog inglês, Bulldog francês, Shih-tzu, American Bully e outros de focinho curto) já têm dificuldades de respirar, e no calor essas dificuldades aumentam! Não faça exercícios de nenhum tipo neste dias quentes.

4) Os passeios nas ruas e parques devem estar restritos às primeiras horas da manhã e ao final da tarde, em percursos reduzidos.

5) Os gatos devem ter locais altos e frescos para se abrigarem, como as prateleiras de uma estante de livros. Deve-se ligar o ventilador ou o ar condicionado para eles. A temperatura ideal é de 22°C.

6) NUNCA deixe seu cão ou gato dentro do carro no estacionamento enquanto você vai à farmácia ou ao supermercado, por exemplo. As temperaturas dentro dos carros são insuportáveis nesta onda de calor.

7) NUNCA deixe seu cão preso por corrente, guia ou corda no quintal da casa ou na frente da casa. Ele deve estar solto e em condições de procurar uma sombra e ter acesso à água. 


          As mudanças climáticas já chegaram! O planeta aqueceu! 

         Vamos ajudar os pets. A culpa não é deles, se há culpados são os seres humanos, com atividades que reduziram o tamanho das florestas e com a queima do petróleo e do carvão, por exemplo. 

       

domingo, 5 de novembro de 2023

Quem agride animais é ameaça à sociedade

 

Capa do livro de Marcelo Robis

  O capitão da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Marcelo Robis Francisco Nassaro, realizou importante pesquisa em 2013, para seu mestrado, relacionando casos de maus-tratos a animais com violência contra pessoas. 

   Ele analisou as fichas criminais de todas as pessoas autuadas  pela PM de São Paulo por crimes de maus-tratos a animais nos anos 2010, 2011 e 2012. E percebeu a relação deste tipo de crime com crimes contra pessoas, adultos ou crianças. Portanto, Robis mostra que quem infringe sofrimento a um animal, um cão ou um gato, por exemplo, é potencial ameaça a toda a sociedade.  

   O autor sempre defendeu que medidas públicas podem ser adotadas a partir de sua pesquisa. Os dados mostram que o melhor é prevenir: quem agride um bichinho pode amanhã ferir pessoas! 

  O caso da morte do Spitz alemão de nome Fox, ocorrida em São José dos Campos, em outubro, é exemplar para a tese de Marcelo Robis. 

  Depois de investigação, a Polícia conseguiu mandado de prisão contra Umberto Vieira Ghilarducci, de 43, tutor do Bull Terrier que atacou o pequeno Fox.

   Na verdade, Umberto Viera usou seu cachorro como uma arma para atacar Fox, por quem já tinha antipatia. Ele levou o Bull Terrier até o portão da casa onde estava Fox, que tinha o focinho para fora do portão. O Spitz levou uma mordida e perdeu a parte superior do focinho, e apesar de internado em hospital veterinário não resistiu.

   A pesquisa de Marcelo Robis mostra como é importante passeatas como as ocorridas no feriado do dia 2/11 no Centro de São José dos Campos. 

     Os manifestantes foram às ruas não só pelo Spitz Fox, mas por todos nós, pelas pessoas também, por toda a comunidade!   

 

    

domingo, 29 de outubro de 2023

Virada Esportiva de SP dá exemplo ao incluir os pets

Grupo da cão-caminhada em Santo Amaro/Foto Ricardo Osman


  A Virada Esportiva SP 2023 movimentou muita gente neste fim de semana de 28 e 29 de outubro, mas tirou também muitos cães e seus tutores da poltrona. A cidade de São Paulo incluiu atividades recreativas com os pets na Virada e deu assim bom bom exemplo para outros municípios. 

  No bairro de Santo Amaro, na zona sul da capital, a caminhada com os cães ocorreu na manhã do domingo. O grupo formado por tutores e cães saiu da frente do Santo Mercado Municipal e seguiu até o Teatro Paulo Eiró, em um percurso de cerca de 1,5 quilômetros. A temperatura agradável permitiu um bom exercício para tutores e pets. 

  No final do percurso, o autor deste blog, fez palestra sobre a "Importância da Caminhada para o Bem-Estar dos Cães". Na palestra, foi lembrado que os cães foram os primeiros animais a serem domesticados, há mais de 15 mil anos. Nesta época, nós seres humanos ainda erámos nômades e caminhávamos bastante por regiões frias do planeta. 

"Os cães precisam da caminhada para a saúde dos sistemas gastrointestinal e cardíaco. Além disso, é um momento de interação com outros de sua espécie e de relaxamento", disse o autor do blog. "Por isso, não existe casa grande suficiente para um cão, ele precisa experimentar novos ambientes, cheiros, texturas do solo e ver outros de sua espécie."

  No entanto, como os cães não suam, é preciso atenção redobrada com a temperatura ambiente e evitar passear em horários e dias quentes.

  A Virada Esportiva de SP teve ainda demonstração da Canicross e agility no bairro da Mooca, e outras atividades recreativas com cães na zona leste da cidade.  


quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Spitz Fox é vítima de um ser humano

   Um pequeno cão da raça Spitz, de nome Fox, luta nesta semana bravamente por sua vida em um hospital veterinário de São José dos Campos, no interior de São Paulo. Fox foi mordido no focinho por um cão da raça Bull Terrier e perdeu pele, músculos e os ossos maxilares. Ficou sem a parte superior do focinho. 

   Se vencer o risco de infecção, terá uma vida quase normal, com alimentação pastosa, porque os cães não precisam mastigar os alimentos, como nós humanos. A digestão canina não começa na boca.

   Mas fica o trauma! O Spitz foi vítima, na verdade, de um homem, vizinho de sua casa, o tutor do cão Bull Terrier. 

   Fox estava em casa e resolveu latir para quem passava na rua, como fazem a maioria dos cachorros. Latem, por exemplo, para o caminhão do lixeiro. Mas neste dia, de outubro, ao colocar o focinho entre as grades do portão Fox percebeu, tardiamente, que um homem estava deixando o corpulento Bull Terrier chegar perto demais de sua casa. 

   O Bull Terrier se aproximou e mordeu o pequeno gravemente no focinho. 

   O caso está sendo investigado pela polícia, pois há relatos de que esse homem, responsável pelo Bull Terrier, tinha antipatia pelo pequeno Spitz e sua tutora, vizinha de rua.  

    Neste caso, o homem teria usado seu próprio cachorro como instrumento para atacar um cão vizinho. De certa forma, estimulado o ataque. Nem precisa ser um Bull Terrier para isso, outras raças e até vira-latas podem ser agressivos se forem levados a esse comportamento por seus tutores.   

    O responsável pelo Bull Terrier deveria saber também que esta raça é afável com pessoas e crianças, mas pode se irritar com outros de sua espécie.

.  "Apesar da força e da aparência intimidatoria, o Bull Terrier é amigável com pessoas e crianças. Entretanto, precisa de uma condução firme pois pode ser perigoso para outros cachorros", diz o The Ultimate Dog Book, de David Taylor, um atlas das raças. 

   O Bull Terrier é um cão de médio porte, com origem na Inglaterra. Faz parte da família, por exemplo, do Jack Russel Terrier que é o cão atual de companhia do Rei Charles. 

   Eles não nasceram para atacar. O grau de sociabilidade vai depender sobretudo da educação que recebe dos tutores, pois com "suficiente atenção e exercícios", como diz Taylor, a raça apresenta muito bom temperamento.

    O Spitz perdeu os maxilares e esse Bull Terrier perderá a possibilidade de passear sem focinheira. Culpa de um ser humano!

    Lei do Estado de São Paulo, regulamentada pelo Decreto 48.533 de março de 2004, tornou obrigatório o uso de focinheira em raças fortes durante passeio em vias públicas, parques etc.  

    O decreto não cita diretamente a raça Bull Terrier, mas apenas a Mastim Napolitano, a Pit Bull (que não é raça reconhecida pela Confederação Brasileira de Cinofilia), Rottweiler e a American Staffordshire Terrier. Mas o decreto diz que devem ser incluídas raças semelhantes ou derivadas destas citadas no texto. E o Bull TERRIER é primo direto do Staffordshire TERRIER. 

   Saúde e boa recuperação para o Fox !

      

   




quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Francisco de Assis nos livrai do aquecimento global!

  Irmão cachorro, irmã árvore, irmão gato, e irmãozinhos pássaros... O Santo Francisco de Assis foi quem primeiro defendeu, dentro da teologia cristã, que todos os animais e as florestas são irmãos e irmãs dos seres humanos, filhos portanto de único Criador.

  O frade católico, que nasceu na cidade de Assis, na Itália, e morreu no início do século XIII é homenageado no mês de outubro, precisamente no dia 4. 

  Séculos depois de sua morte, a Ciência comprovou as palavras inspiradas na Fé. Os átomos, as moléculas e o DNA dos seres vivos são praticamente iguais. E o cientista britânico Charles Darwin conseguiu demonstrar que a variação de tantas espécies, por exemplo, de mamíferos, têm origem em um único ser ancestral. 

  Se dependesse de Francisco de Assis não haveria o atual aquecimento global do planeta. 

  Com a destruição da natureza, o desmatamento e as atividades humanas, já está provado que a Terra segue rumo ao aumento da temperatura e será cenário, cada vez mais, dos eventos extremos, como os ciclones registrados no Rio Grande do Sul.

  Na quarta-feira, dia 4, foram realizadas missas em todo o Brasil em homenagem ao santo ecologista. 

  Na Paróquia São Francisco de Assis, do bairro Vila Clementina, em São Paulo, as missas tiveram a presença de cães, gatos, aves e até de uma porquinha, a Judite. Os frades abençoaram todos os animais.

  Nesta ocasião, o destaque foi a porquinha Judite, tranquila e comportada em meio a cachorrinhos e gatinhos, que também mostraram em meio aos bancos da igreja grande respeito. Uma paz entre seres distintos. Um mistério! Algo que vem reforçar a mística em torno de Francisco de Assis.   


Porquinha Judite na Paróquia/Foto Ricardo Osman


sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Luto pela perda de um pet deve ser respeitado!

  A perda de um cão ou de um gato, seja de forma inesperada ou previsível por velhice, tem um forte impacto na vida de seus tutores e de suas famílias. Nesta semana, o luto pela morte de um pet foi assunto nos jornais e nas redes sociais. O especialista em comportamento animal, Alexandre Rossi, conhecido como Dr Pet, anunciou na quarta-feira, dia 20, a morte de sua cachorrinha Estopinha, aos 14 de idade, companheira em suas atividades profissionais e nas mídias sociais.  

   Ao contrário do que se possa imaginar, menos para os que têm cães e gatos, e sabem do intenso relacionamento afetivo, o luto pelo falecimento de um animal de estimação é coisa séria. Esse processo é vivenciado, muitas vezes, se não na maioria das vezes, de maneira semelhante à dor e à perda de um familiar humano.  

   A psiquiatria enumera 5 fases do luto nos seres humanos: a primeira é a negação; seguida pela raiva (uma fase preocupante, que envolve a culpa); depois vem o ressentimento pela perda e a esperança de que essa seja revertida; o quarto estágio é de solidão e saudade intensa, e o quinto o da aceitação da morte do ente querido. A superação não significa ausência de dor, mas de sentimentos mais positivos em relação à perda, com destaque para as boas lembranças. 

  Um dos problemas diante da morte de um pet está na culpa que tutores manifestam nesta hora. Afinal, hoje, eles se apresentam como 'papai' e 'mamãe' dos animais, responsáveis, portanto, pela alimentação, bem-estar e saúde dos bichinhos. No caso de mortes por acidente ou doenças infeccionas, o nível de sofrimento é terrível, como pode ser visto nos hospitais e clínicas veterinárias. 

   No caso de óbito de cães e gatos idosos, a situação não é muito melhor. Isso porque os números das idades enganam: um cão com 14 anos ou 15 anos é um geriatra, possivelmente com insuficiência cardíaca ou renal, mas essa idade, na contagem humana, significa apenas a adolescência. Um cão de grande porte, como o Golden Retriever, nesta idade, está com quase 100 anos na cronologia humana! 

  Outro problema no luto pelos animais é o reconhecimento ainda precário da sociedade dessa realidade e a dificuldade dos tutores de expressarem seus sentimentos em público. 

  A dor pela perda de um animal de estimação ainda não é tão bem aceita socialmente, tanto que não se pode ser liberado do trabalho pela morte de um cão ou de um gato e nem citar isso como desculpa para não ir ao futebol de domingo. 

   A psicóloga Márcia Nubia Fonseca Vieira é autora de artigo científico sobre o assunto. "Quando morre o animal de estimação: um estudo sobre o luto", publicado em Psicologia em Revista, em 2019. 

    Vieira entrevistou para seu artigo tutores de cães que estavam em luto. Trata-se de rara pesquisa que busca entender no Brasil o luto por animais de estimação. Os tutores disseram estar vivenciando dor semelhante a da perda de um integrante humano da família, mas que não se sentiam acolhidos pelo seu círculo social e nem autorizados a expressar seus sentimentos em público. 

Transcrevo abaixo suas:

   Para a maior parte dos entrevistados, a expressão de seus sentimentos foi a tarefa mais árdua, devido ao fato de que não obtiveram reconhecimento da perda de seus cães como perdas significativas. Assim, não puderam chorar e lamentar publicamente e, como consequência, não obtiveram apoio, conforto e solidariedade, tão fundamentais nesse momento. Dessa maneira, vivenciaram o luto não autorizado (Worden, 2013; Casellato, 2013).

  Por todo o exposto, foi-nos possível concluir que os entrevistados, por estabelecerem um forte vínculo de apego com seus cães, vivenciaram um processo de luto semelhante ao vivenciado pela perda de um ser humano.

  A constatação dessa realidade nos alerta para a importância de se validar a dor das pessoas que perdem um animal de estimação, a fim de que lhes possa ser concedido o suporte social necessário a seu luto, uma vez que a ausência desse reconhecimento pode levá-las à inibição de seu pesar, repressão de seus sentimentos e minimização de suas perdas, gerando-se intenso sofrimento psíquico e consequente impacto negativo em sua saúde mental.    


Fonte do artigo de Marcia Núbia Fonseca Vieira 

Psicologia em Revista

versão impressa ISSN 1677-1168

Psicol. rev. (Belo Horizonte) vol.25 no.1 Belo Horizonte jan./abr. 2019

http://dx.doi.org/10.5752/P.1678-9563.2019v25n1p239-257 

sábado, 9 de setembro de 2023

Saiba como ajudar os animais atingidos pelo ciclone no Sul

  O ciclone extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul neste início de setembro causou 41 mortes humanas (dados oficiais da sexta-feira, 8) e inúmeras de animais domésticos e silvestres. Uma vaca foi parar no telhado de uma casa na cidade de Estrela devido às enchentes e vários cães foram resgatados de dentro de rios. 

    Trata-se de um evento climático extremo, causado pelo aquecimento do planeta, e sem precedente na história do Rio Grande do Sul. Ao todo, 85 municípios foram atingidos pelo ciclone. 

  O Grupo de Resgate de Animais em Desastres (GRAD) está com uma equipe na região e, por meio do site, divulga os locais para onde podem ser enviadas  doações, como ração, para ajudar os animais retirados das inundações. 

  O site é o https://gradbrasil.org.br/

  A vaca na cidade de Estrela foi resgatada na sexta-feira, dia 8, pelos próprios moradores da região. A Defesa Civil do Estado confirmou o salvamento de 30 cães de ilhas do rio Guaíba, na região de Porto Alegre.

    

Resgate no RG do Sul/Foto divulgação GRAD

   

          

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Obesidade e dieta inadequada, riscos crescentes para os pets!

  Hábitos alimentares saudáveis e exercícios regulares são a receita de saúde para os seres humanos e também para seus cães e seus gatos. No entanto, a cada dia torna-se mais comum na clínica veterinária os casos de pet com sobrepeso ou obesos, e os casos de resultado de exame de sangue indicando "lipemia" (presença excessiva de gordura no sangue do paciente). Isso quer dizer, em grande parte dos casos e em uma investigação mais detalhada, triglicérides alto.

  A causa não é, normalmente, a ração (há marcas de qualidade no mercado e até rações low fat) ou a opção por comida caseira balanceada. 

  Na grande maioria das vezes, ou as porções são exageradas ou o vilão são os petiscos e os pedaços de pizza, de bolos, de queijo e pão com manteiga que os cães, principalmente, roubam das mesas ou ganham de seus tutores. Sem falar nos churrascos nos finais de semana!

  A baixa atividade física também é responsável pelo problema, e os gatos são testemunhas disso.  

  Ao contrário dos seres humanos, que terão o coração afetado pelo excesso de gordura no sangue, os pets têm o pâncreas e o sistema gastrointestinal comprometidos por este desequilíbrio.

  Raças como os Yorkshires têm predisposição para pancreatite, inflamação do pâncreas, cuja principal causa são os níveis altos de triglicérides.

  Ingestão de gordura, portanto, causa problemas de saúde graves e levam à obesidade. Gatos obesos, por exemplo, invariavelmente tornam-se diabéticos.

  Nos Estados Unidos, segundo a Association for Pet Obesity Prevention, o problema é gravíssimo: 59% dos cachorros e 61% dos gatos foram classificados como tendo sobrepeso ou obesidade em 2022. Portanto, mais da metade dos pets norte-americanos estão acima do peso! 

 Para saber mais: https://www.petobesityprevention.org/    

domingo, 20 de agosto de 2023

Onda petfriendly chega aos cinemas de São Paulo

   

Tutores e cachorros na fila do cinema em São Paulo/Foto Ricardo Osman

     A cada dia novos estabelecimentos comerciais, de serviços e lazer abrem as portas para aceitar a presença de pets. Isso é bom para os consumidores, para os bichinhos e para os negócios! São shopping centers, cafeterias, lojas de material de construção, bares, academias... enfim novos locais que recebem você e seus cachorrinhos ou gatinhos. 

  Agora, a onda petfriendly chegou aos cinemas. Sim, é isso que você entendeu. Os tutores de cachorros podem curtir uma sessão de cinema ao lado de seus peludos!

   
Sorvetes para cachorrinhos/Foto Ricardo Osman

  As salas de cinema do Morumbi Town Shopping, localizado na zona sul da capital paulista, foram abertas para os cães. A rede CineSystem saiu na frente e quer que seus clientes permaneçam ao lado dos seus totós enquanto curtem um bom filme como Besouro Azul. Melhor: os cachorros não pagam ingressos, para eles, é na "faixa"

  Na sessão das tarde do último sábado, 19 de agosto, o sucesso foi grande: um grupo de amigos e admiradores da raça dachshund marcou de irem ao cinema juntos.

   Com poltronas largas e mais espaço entre as fileiras, os tutores assistiram ao filme com os cachorrinhos deitados nos pés ou no colo. Os papais e mamães de cachorro disseram que a experiência foi gratificante, pois não precisaram deixar seus amigos de quatro pata em casa. 

   Os cães se comportaram muito bem na sala, e foram ouvidos poucos latidos apenas. Mas, naturalmente, os caninos não acompanham a trama na telona, embora o simples fatos de poderem estar ali com seus tutores faça a experiência valer a pena.


     

No terraço do Morumbi Town ao lado da sala de cinema/Foto Ricardo Osman



  

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Ser pai de pet não é moleza. Você merece a comemoração!

  Os tempos mudaram e hoje ninguém diz mais que é "dono" de cão e gato. Oficialmente, o que há são tutores de cachorrinhos e gatinhos. Mas, dentro de casa, o que ouvimos é pai do Rex e da Cacau, que agradecem com o rabo abanando, ou pai do Bigode e do Miau, que se esfregam nas pernas! 

  Portanto, neste Dia dos Pais vale um Parabéns também para aqueles que cuidam com muito amor e dedicação (além do cartão de débito e de crédito) dos seus bichinhos.  

  Ser pai de pet é padecer na petshop! 

  Brincadeira à parte, realmente não é fácil. Sozinho ou com a ajuda da esposa ou namorada, tem de comprar ração, pagar o banho, o passeador, e o médico veterinário. Saúde e bem-estar custam, e a conta não é pequena. Aumenta ainda com as inúmeras variedades de coleiras e de brinquedos para os amigos e amigas de quatro patas. 

  Além do bolso, há a participação. Atualmente, se um cãozinho ou um gatinho demonstra não estar bem de saúde, e não importa a hora do dia, tem de acordar e levar no veterinário, ou no mínimo ligar para ele de madrugada. Passear com os cachorrinhos é a primeira obrigação do dia!

  Nesta sexta-feira, um cliente se apresentou para mim: "Sou o avô", disse, esclarecendo que os cachorrinhos pertenciam a sua filha. Em outro dia, o menino perguntou: "Como está meu irmãozinho?" e olhou para o totó. 

   São fatos reais, da sociedade brasileira, e isso não é exclusividade nossa. Ocorre também mundo afora, do Japão à Inglaterra, da Austrália aos Estados Unidos.

   Além do amor pelos animais, e deles conosco, foram os avanços da Ciência que permitiram esses laços "familiares". E tudo é, de certa forma, muito recente.  

   No ultimo século, os cientistas desenvolveram vacinas (como a vacina contra a raiva), produtos contra pulgas e carrapatos e medicamentos que garantem a saúde dessas espécies domésticas e possibilitam uma convivência mais próxima com os humanos. O risco eram as inúmeras doenças consideradas zoonoses, aquelas que os animais podem passar para as pessoas. Atualmente, essa ameaça é mínima, se todos os cuidados forem tomados.        

    Portanto, o sofá e até a cama foram liberados para os peludos. 

   Neste Dia dos Pais encontre uma cafeteria, ou um shopping ou parque PET FRIENDLY e comemore com o seu pet! Será inesquecível!!

quinta-feira, 3 de agosto de 2023

SALVE, um serviço a favor das espécies ameaçadas de extinção.

   Já está na internet um serviço que vem facilitar a vida dos animais silvestres do País. 

   A partir deste mês de agosto, com apenas alguns cliques no teclado, você pode saber se uma ave de sua região ou um macaquinho estão ameaçados ou não de extinção. 

  O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) lançou neste mês o serviço que permite a qualquer pessoa (não só a pesquisadores) acompanhar o risco que uma espécie da fauna silvestre está correndo de extinção. O serviço diz se a espécie está em perigo, se está vulnerável ou se no momento não há preocupação em relação a sua extinção. 

      É o SALVE, abreviatura de Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Biodiversidade (https://salve.icmbio.gov.br/), que usa critérios científicos para avaliar o grau de ameaça dos animais das florestas, cerrado, rios e mares brasileiros.

   O Sistema lista 1.253 animais e peixes na categoria de espécies ameaçadas de extinção. 

 O projeto inédito envolve vários institutos de pesquisas de todo o País e ONGs, que passam a abastecer diretamente o SALVE com informações padronizadas. Por isso, já há no sistema mais de 14 mil espécies da fauna brasileira avaliadas quanto ao risco de extinção.  

      

Tartaruga-cabeçuda está VULNERÁVEL/Foto: Tamar


 
Boto-cor-de-rosa está EM PERIGO de extinção/Fonte ICMBio





 

sexta-feira, 28 de julho de 2023

Cães salva-vidas são heróis nas praias da Grécia

Cães salva-vidas em praia da Grécia, das raças Golden e Labrador/Foto Hellenic Heroes

  Nas praias do deus grego Poseidon, o poderoso dos mares, os cães são os novos heróis. Os melhores amigos dos homens em terra fazem sucesso também na água, como salva-vidas de crianças, homens e mulheres, segundo a página no Facebook Hellenic Heroes
  "Os cães heróis salvaram mais de uma dúzia de pessoas nas praias neste verão", afirma a publicação em post de 28/07/2023. No quente verão do hemisfério norte, os banhistas ficaram mais seguros na Grécia.
  O trabalho de cães como salva-vidas nas praias é novidade. Os caninos já são utilizados em todo o mundo em resgate de vítimas de terremoto e de enchentes, mas com equipamento adequado, colete e uma alça para o ser humano se segurar, a nova atividade foi possível. O mar mais calmo do Mediterrâneo é fundamental para o sucesso do resgate.
  O desempenho dos cães das raças Golden Retriever e Labrador (da foto acima) na água não é surpresa para ninguém. 
 Os Golden Retrievers foram desenvolvidos por seleção artificial por criadores da Escócia, a partir da aptidão para o nado nos lagos gelados do país. Já os Labradores têm origem na península do Labrador no Canadá, onde ajudavam os pescadores a puxarem as redes de pesca lançadas ao mar. 
   Essas figurinhas fofas que hoje convivem conosco em casa e apartamentos, gostam mesmo é da piscina. Seus ancestrais fizeram serviços pesados nas águas.
  Golden Retrievers e Labradores são, portanto, exímios nadadores, capazes sim de puxar uma pessoa que consiga segurar-se em suas costas.
  Esse tipo de resgate é instintivo nesses cães, a exemplo das histórias de naúfragos que foram resgatados por golfinhos. Os golfinhos são também mamíferos e sua origem é terrestre, segundo a seleção natural da espécie. Da ordem Cetacea, os golfinhos têm anatomia interna semelhante à dos canídeos e a dos hipopótamos. A morfologia externa é que possui as diferenças significantes.

Para saber maisHellenic Heroes
🇬🇷

    


 

sexta-feira, 21 de julho de 2023

Sebastião Salgado e Lélia: de olho na recuperação da Mata Atlântica e dos animais!

 

Jaguatirica na fazenda Bulcão/Foto de Leonardo Merçon
 
Um dos mais premiados fotógrafos mundo, Sebastião Salgado, e sua esposa e editora Lélia Deluiz Wanick Salgado estão ganhando notoriedade internacional agora por conduzirem um bem-sucedido projeto de recuperação de área da Mata Atlântica e dos animais que integra a Bacia do Rio Doce. Os bichos agradecem!

  O casal fundou em 1998 o Instituto Terra em uma antiga fazenda de gado em Minas Gerais, e já reflorestou 2 mil hectares de mata degradada e produziu 6 milhões de mudas de árvores nativas da Mata Atlântica. Além disso, 82 mil pessoas já passaram por seu projeto de Educação Ambiental. 

  A Mata Atlântica é um dos grandes biomas brasileiros, do qual faz parte o rio Paraíba do Sul, e é vegetação característica do litoral de São Paulo e do Rio de Janeiro, e do Espírito Santo. Atualmente, restam apenas 12% da cobertura original dessa floresta.     

  O trabalho de Sebastião Salgado e Lélia permitiu a proliferação dos bichos na região de Aimorés, em Minas Gerais. Estão de volta à antiga fazenda pássaros, como o pica-pau, papagaios e corujas, e mamíferos, como as jaguatiricas e os gambás.

  Ao salvar os animais, como diz o casal, estamos salvando a nós mesmos:

" Nós precisamos repensar a nossa relação com o planeta se quisermos sobreviver como espécie", frase de Sebastião Salgado e Lélia.

O fotógrafo Sebastião Salgado e a mulher Lélia/Foto divulgação site


Coruja-do-mato/Foto Leonardo Merçon

Para saber maishttps://institutoterra.org/

Por meio do site é possível assistir a uma exposição on-line dos bichos presentes na região restaurada da Mata Atlântica.


sexta-feira, 30 de junho de 2023

Defesa Civil alerta para riscos de incêndios que ameaçam a fauna e flora

   A Defesa Civil de São Paulo emitiu um alerta para o risco de incêndios nas matas provocados por cigarros jogados na beira das estradas e por balões que são lançados ao céu nesta época do ano. Neste período, de  início do inverno no hemisfério sul, o clima é caracterizado por tempo seco e frio, o que favorece o surgimento de grandes incêndios florestais.

  A fauna e a flora estão, portanto, mais vulneráveis aos perigos dos incêndios, que ameaçam propriedades, comunidades e áreas de plantação. Entre os bichos, os répteis (como os sapos) e os mamíferos (como os porcos-do-mato), são os que correm mais riscos de morrerem queimados. 

  Por isso, o governo do Estado de São Paulo lançou no início de junho a operação "São Paulo Sem Fogo", que conta com novos equipamentos contra incêndios, com a limpeza de áreas próximas às rodovias e com a ampliação do uso de tecnologias de comunicação e de satélite.

 A Defesa Civil divulgou o número 193 (Corpo de Bombeiros) e pede a população que avise imediatamente se ver fumaça no mato ou nas florestas. 

   

Cartaz da operação Corta Fogo do ano passado

terça-feira, 13 de junho de 2023

Quem é Wilson? O cão herói do resgate das crianças na Colômbia.

  

O cão Wilson/Foto: Exército da Colômbia

O cão Wilson que ajudou no resgate das quatro crianças indígenas perdidas na floresta da Colômbia é um cão da raça Pastor Belga Malinois, segundo o Exército colombiano. Ou seja, sua história vem de longe, da Bélgica, país da Europa. 

 As crianças indígenas foram resgatadas na semana passada depois de 40 dias perdidas na mata devido a um acidente de avião. No acidente, morreram a mãe, o piloto e um terceiro passageiro. As crianças não se feriram e passaram a sobreviver de frutos e água da floresta. Elas são da etnia Witoto.

 Na grande operação de resgate que foi montada pelo governo da Colômbia, o cão Wilson ganhou destaque, porque, segundo as próprias crianças, foi o primeiro da equipe a encontrá-las. 

 No entanto, Wilson está desaparecido. Depois de passar quatro dias com as crianças, ele partiu, provavelmente para avisar à equipe que tinha encontrado o grupo, aquela que era a sua missão.

  Não foi mais visto.

  O Pastor Belga é um canino fabuloso. Sua origem é de condutor de rebanhos, ainda no ano de 1800. Décadas depois do surgimento da raça, na cidade belga de Malinas, criadores desenvolveram a variante Malinois. Um cão de pelo curto, ágil, pronto para entrar em ação, que é atualmente utilizado em equipes de resgate e pelas forças de segurança de todo o mundo.

   Forte e destemido, o Malinois consegue vencer obstáculos que são intransponíveis para outras raças, e por isso foi empregado na floresta da Colômbia pelo Exército. Em alguns treinamentos, eles conseguem saltar do chão para dentro de um ônibus, entrando pela janela! 

   Não se sabe ainda a razão do desaparecimento de um cão treinado como o Wilson. Mas o governo da Colômbia está mobilizando tropas na busca por Wilson. 

   Como se diz nas Forças colombianas: "Jamais se abandona um companheiro." Que esse herói seja logo encontrado. 

    

Desenho feito por criança resgatada

     







   

quarta-feira, 7 de junho de 2023

Placa de identificação do pet: uma medida simples e eficiente de segurança!

  Uma medida de segurança simples e eficiente para seu cachorrinho ou gatinho é a placa de identificação dos pets. Trata-se de uma plaquinha pequena de metal, à venda nas lojas pets e na internet, onde fica gravado o nome do tutor e seu telefone de contato. A placa é fixada em uma coleira de pescoço. 

  Caso o animal escape da guia em um parque ou saia de casa para a rua, a plaquinha será fundamental para um reencontro rápido. Quem encontrar o animal, terá a identificação do tutor e o telefone. Sem ela, a situação complica bastante.

   Todos os cães e gatos deveriam usar a plaquinha de identificação. 

  No caso dos gatos, porém, a coleira de pescoço deve ser a feita especificamente para os felinos, que contém um sistema de ruptura se houver pressão demasiada na coleira. Isso evita acidentes e até enforcamento com a coleira para esses animais que saltam e sobem em árvores. 

    No mercado pet, já há até placa de identificação com QR Code! Só usar a câmara de seu celular para saber quem são os tutores (aflitos!) do bichinho achado. 

   As placas são mais eficientes no resgate de animais perdidos do que os microchips que são inseridos sob a pele do dorso. Nestes microchips há também a identificação do tutor e seu contato, mas é preciso um equipamento especial para a leitura dos dados do microchip. Algumas clínicas e hospitais veterinários têm esses equipamentos. 

   As placas de identificação e a coleira de pescoço têm custos acessíveis e em algumas petshops é possível gravar o nome e o contato do tutor  na hora. Portanto, não há desculpas para que essa medida de segurança não seja adotada.    

     

sábado, 27 de maio de 2023

O seu cão tem ciúme de você? A ciência diz que sim!

   Se o seu cachorrinho latir, tentar impedir ou rosnar naquele momento em que você se aproxima ou acaricia outro cão, não se preocupe demais, é esperado, seu cão está simplesmente com ciúme. Sim, eles também sentem ciúme como nós, humanos! Isso não é surpresa para alguns tutores. 

  Embora praticamente ausente nos estudos sobre Comportamento Canino e na Medicina Veterinária, sobretudo no Brasil, o ciúme é um sentimento presente nos cães, mais do que imaginamos, e foi comprovado por pesquisas recentes de universidades dos Estados Unidos, da Hungria e Nova Zelândia. 

  Os pesquisadores conseguiram demonstrar que essas reações nada têm a ver com a defesa de território, disputa por liderança do grupo ou agressividade. Seres extremamente sociais, que recebem dos tutores alimentos, conforto, proteção e afeto, os cães valorizam essa relação e passaram a expressar o ciúme na longa evolução da convivência conosco. 

  O Canis familiaris (nome da espécie) expressa esse sentimento exatamente como as crianças em relação aos pais! 

   "É comumente assumido que o ciúme é exclusivo dos humanos, em parte por causa das cognições complexas frequentemente envolvidas nessa emoção. No entanto, de uma perspectiva funcional, pode-se esperar que uma emoção que evoluiu para proteger os laços sociais de intrusos possa existir em outras espécies sociais, particularmente uma tão cognitivamente sofisticada quanto o cão", afirma pesquisa da Universidade da Califórnia, em San Diego, intitulada Jealousy in Dogs (Ciúme nos cães) (*).

   Os pesquisadores norte-americanos adaptaram metodologia de estudos de bebês humanos para examinar o ciúme em cães domésticos e concluíram que os resultados fortalecem a hipótese de que há "uma forma primordial" deste sentimento em ambas espécies. 

    A definição clássica do ciúme está no Dicionário Houaiss, da língua portuguesa: "O ciúme é um estado emocional complexo que envolve um sentimento penoso provocado em relação a uma pessoa de que se pretende o amor exclusivo ou receio de que o ente amado dedique seu afeto a outrem." 

    Você pode encontrar esse estado emocional ou receio descritos em seu cão, se observar atentamente seu comportamento. Principalmente, se ele for "cão único" na família, acostumado a ter todas as atenções. 

RIVAL _ O artigo científico Investigating jealous behaviour in dogs (Investigando o ciúme no comportamento dos cães), publicado na revista Nature, em 11 de junho de 2018 na seção Scientific Reports (**), atesta essa realidade. Pesquisa realizada com 25 cães na Hungria não deixa dúvida: os resultados sugerem que o comportamento ciumento surge em cães e é funcionalmente semelhante ao observado em crianças em situações equivalentes. 

   Esses pesquisadores destacam que o sentimento tem a ver com a capacidade de adaptação da espécie nas famílias humanas e está relacionado com a luta pela sobrevivência. 

    "O comportamento ciumento surge quando uma relação importante com um parceiro social valorizado é ameaçada por um terceiro, um indivíduo rival", afirmam. O comportamento ciumento leva então o cão, um ser social, a tentar interromper a interação do parceiro com o rival, empurrando, atacando etc. Portanto, é certo, conforme os autores que o ciúme não é sentimento exclusivo dos humanos. "O comportamento ciumento surge em uma ampla gama de espécies animais, apesar de ter sido descrito quase exclusivamente em humanos", dizem os autores.

     Outro artigo científico, publicado na revista Psychological Science, em abril de 2021 (***), chega a afirmar que os cães, sim, "podem representar mentalmente interações sociais que induzem ao ciúme". Os autores do artigo Dogs Mentally represent Jealousy inducing social interactions, da universidade de Auckland, na Nova Zelândia, demonstram assim a capacidade dos cães de sentirem e expressarem emoções complexas.

    O autor do livro "Encantador de Cães", Cesar Millan, que mantém um centro de psicologia canina na Califórnia, concorda que o ciúme faz parte dos sentimentos de um cão e diz que pode se estender em relação à chegada de um bebê humano da família. Ele diz que é preciso preparar o cãozinho, apresentando-o ao novo membro e incluindo-o nas atenções dadas ao bebê, conforme ensina em seu site.   

Artigos citados:

(*) Harris CR, Prouvost C (2014) Jealousy in Dogs. PLoS ONE 9(7): e94597. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0094597

(**) Abdai, J., Baño Terencio, C., Pérez Fraga, P. et al. Investigating jealous behaviour in dogs. Sci Rep 8, 8911 (2018). https://doi.org/10.1038/s41598-018-27251-1

(*** ) Bastos, A. P. M., Neilands, P. D., Hassall, R. S., Lim, B. C., & Taylor, A. H. (2021). Dogs Mentally Represent Jealousy-Inducing Social Interactions. Psychological Science, 32(5), 646–654. https://doi.org/10.1177/0956797620979149


sexta-feira, 12 de maio de 2023

Rita Lee, fã de uma ursa de verdade!


  A roqueira Rita Lee amava além da música os animais. Olhos e ouvidos atentos aos bichos, Rita Lee escreveu um livro infantil sobre uma ursa de verdade, grande e de longos pelos marrons, a Rowena. 

   A cantora faleceu aos 75 anos, no dia 8 de maio, mas deixa nas livrarias o "Amiga Ursa", onde conta a história de uma ursinha, que nasceu na Sibéria, na Rússia, onde foi caçada e transportada para o Brasil. Por aqui, teve uma vida infeliz com apresentações em picadeiro de circos até ir viver no zoológico de Teresina (capital do Piauí). 

  Solitária em seu cativeiro, em ambiente quente e úmido, a ursa quase morreu de tristeza. Um esforço conjunto de autoridades e protetores de animais, conseguiu dar nova vida para Rowena: ela foi retirada do zoológico no Piauí e levada para um santuário de animais localizado no interior de São Paulo, o Rancho dos Gnomos. 

   No Rancho dos Gnomos uma casa foi especialmente construída para Rowena, com um lindo tanque de água para ela se banhar. E lá havia a companhia de outros ursos! Não se sabe se houve banho de espuma, como diz a música de Rita Lee.  

  Essa ONG é especializada em recuperação de animais silvestres e exóticos vítimas de maus-tratos (os exóticos são aqueles selvagens que vivem em habitats de fora do Brasil, como ursos e leões). 

 A cantora visitou Rowena em sua nova casa no Rancho dos Gnomos para escrever o livro e o encontro foi um verdadeiro "auê".

Para saber mais: https://ranchodosgnomos.org.br/novo/