segunda-feira, 17 de novembro de 2025

COP 30 deixa os animais do lado de fora

 

Bicho só na ilustração/Foto divulgação COP 30/Cleberson Ferreira

 
       Os bichos que se virem por conta própria. É isso? 

    Ninguém falou na Conferência do Clima, a COP 30 Amazônia, realizada em Belém, do impacto das mudanças climáticas sobre a fauna dos diversos continentes. Os bichos estão igualmente ameaçadas pelo aquecimento global. 

     Um extraterrestre (verde) que chegasse a Belém nestes dias teria certeza de que na Terra só existem os Homo sapiens. Todo o resto é vegetal. 

       Mas alguém percebeu o antropocentrismo ecológico. 

      O Grupo de Respostas a Animais em Desastres (GRAD), uma ONG que salva animais em enchentes e incêndios, como ocorreu no Rio Grande do Sul e no Pantanal, respectivamente, resolveu abrir a boca pelos animais. 

    O GRAD denunciou que na Agenda de Ação  da COP 30 e até nas reuniões paralelas, de menor importância, o mundo animal ficou do lado de fora. Há apenas um ponto no Eixo Temático 2, da Agenda de Ação, que fala em esforços para "conservar e proteger a natureza com soluções... para a biodiversidade".   

     Por isso, o Grupo de Resgate lançou um movimento a favor dos bichos chamado "A Voz dos Invisíveis" e está recolhendo assinaturas em seu site para um manifesto.

  Em meio a festas barulhentas e pratos típicos, como a Maniçoba e o Açaí, discutiu-se de (quase) tudo na Conferência, da ONU: 

  1) Debates intermináveis sobre o quanto os países ricos devem pagar pela emissão de gás carbônico

  2) Conversas repetidas sobre as metas do Acordo de Paris para o aquecimento global

  3) Previsões sobre os eventos extremos, sinais ou não do fim do mundo.

  Sobre os ursos polares, as baleias, as onças, chimpanzés, elefantes, lobos, águias, papagaios, jacarés, sapos, sabiás... nada. Silêncio total!

   Evidentemente que o aumento médio na temperatura do planeta em 2024 em 1,5° C, em relação à era pré-industrial, afeta a vida da fauna e até da flora do planeta. Mas os humanos da COP 30 parecem preocupados unicamente com a própria espécie.

   A Arca de Noé do século 21 em construção contras as mudanças climáticas (se é que está mesmo em construção) não é multiespécie, como foi a original!


Para assinar o Manifesto do GRAD: https://cop30.gradbrasil.org.br/



Logomarca do movimento do GRAD/Divulgação




 

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Museu da Pessoa abre as portas aos pets

O Museu da Pessoa, um projeto virtual bem-sucedido que reúne relatos de histórias de vida, e é aberto a todos os cidadãos, decidiu recolher também histórias incríveis de tutores e seus cães e gatos.

Os amigos de quatro patas vão ter suas trajetórias relatadas pelos tutores nos pormenores. Os depoimentos serão arquivados, preservados  e estarão disponíveis no site para quaisquer internauta conhecer.

Se um dos objetivos do Museu da Pessoa, fundado em 1991, é o de preservar a memória de vidas comuns, para desta forma reconstruir o mosaico de nossa sociedade, faltava nesta meta os pets!

A porta foi aberta com o atual projeto de parceria entre o Museu e a empresa PremierPet. 

Com inscrições pelo site que terminam nesta segunda-feira, dia 10 de novembro, o Conte Sua História - Pets pretende selecionar 10 depoimentos significativos de experiências humanas com esses animais de estimação.

Com certeza, há histórias surpreendentes e maravilhosas a serem registradas. Sabemos o quanto um gato ou um cachorro são capazes de mudar nossas vidas para melhor, a partir de encontros absolutamente inesperados.  

Essa iniciativa inédita é restrita a tutores da cidade de São Paulo, mas poderá inspirar outros projetos do próprio Museu da Pessoa. 

Afinal, a jornada da Humanidade, dos tempos de nômades até a atual civilização, foi feita tendo ao lado esses amigos animais. 

Para saber mais: https://museudapessoa.org/