quarta-feira, 13 de julho de 2022

Câncer, uma ameaça aos pets!

 Um gatinho com vômito e diarreia, uma cachorrinha com nódulos na pele, um cão da raça labrador com uma ferida no dedo que não cicatriza e uma gatinha com inchaço na face. O que há em comum entre estes pets? Sinais iniciais de neoplasia maligna, de câncer.

 No primeiro caso, o diagnóstico foi de linfoma (neoplasia nos linfócitos); o segundo, de mastocitoma (neoplasia em mastócitos); o terceiro de melanoma (em células chamadas melanócitos) e o quarto um tumor ósseo não identificado completamente. Todos estas neoplasia levaram os pacientes a óbito um ano depois dos problemas iniciais. 

  Hoje, temos a impressão de que os cães e os gatos apresentam mais cânceres do que antigamente, no tempo de nossos avós. E muitos tutores ficam apontando culpados no ambiente ou na nutrição. 

 Mas não é bem assim. A oncologia veterinária, o estudo das neoplasias, avançou expressivamente no Brasil nos últimos 20 anos. Atualmente, os avanços da tecnologia permitem melhor e mais rápido diagnóstico deste tipo de doença e, além disso, os cães e os gatos têm maior expectativa de vida, sendo que os estudos demonstram maior presença de cânceres na geriatria.

  Um estudo demonstrou que 45% dos cães e gatos idosos, com idade entre 6 a 10 anos, tinham algum tipo de câncer. A casuística inclui pets de raça e sem raça definida (SRD) e é citada em Epidemiologia dos Tumores no Tratado de Medicina Interna de Cães e Gatos (Jericó, Neto e Kogika).

  O cânceres estão associados a fatores de risco, como hereditariedade, alterações genéticas e fatores ambientais, entre os quais se incluem os virais, os poluentes e os nutricionais. 

  A recomendação aos tutores de pets é a mesma feita para os seres humanos: quanto mais cedo for feito o diagnóstico em seu pet, mais chances do tratamento conservador, quimioterápico ou cirúrgico ser bem-sucedido. 

  Portanto, faça um check-up oncológico quando seu pet entrar na fase geriátrica, normalmente em torno dos 7 anos de idade. 

  Vale reforçar que a castração dos machos de ambas as espécies evita o câncer de testículo e a castração precoce das fêmeas de ambas as espécies reduz o risco de carcinoma mamário. 

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