domingo, 27 de novembro de 2011

Crise na Europa aumenta abandono de cães e gatos

Parlamento europeu: bandeiras
dos países membro.
    A crise financeira na Europa, que atinge seriamente países como a Grécia, Itália e Espanha, começa a prejudicar os animais domésticos, como cães e gatos. No início do inverno no hemisfério Norte, chega a notícia de que, por causa do desemprego e outras dificuldades, os cidadãos estão abandonando seus animais à própria sorte. Vê-se que o homem não é o melhor amigo dos bichos. A notícia alarmante é da agência Reuters, divulgada neste domingo: "Enquanto nas ruas há protestos contra as medidas de austeridade, dentro de casa os europeus sentem as consequências da crise e da falta de dinheiro. Alguns lutam para manter o aquecimento no inverno que se aproxima, outros apelam para as refeições gratuitas em abrigos e se livram dos animais de estimação."
                  A reportagem da agência revela que na Inglaterra, país europeu que não faz parte da zona do euro, já há confirmação objetiva do aumento do abandono de cães e gatos – e olha que os ingleses são conhecidos pela devoção a seus animais de estimação. "O abrigo de cães e gatos de Battersea, na capital britânica Londres, registrou neste mês um aumento do número de pessoas que estão desistindo dos seus animais. 'Perdi o meu emprego há quatro meses, e agora estou preocupado porque posso perder a minha casa. Shady é o meu melhor amigo, e eu o tenho há dois anos, mas não posso sustentá-lo mais', disse Aaron LeBlanc, dono do cão Shady."
                 O abandono de animais domésticos por seus donos é um problema que assola também o Brasil e capitais, como São Paulo e Rio de Janeiro. Em São Paulo é comum o abandono de animais em parques públicos e campus de universidade, por razões mais absurdas possíveis. O abandono é crescente, e por aqui não há crise econômica, ao contrário a economia cresce com vento a favor e previsão de aumento de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.

domingo, 20 de novembro de 2011

Jardim Ana Paula, poucas flores, esgoto a céu aberto.

Rua do Jardim Ana Paula/Foto de Ricardo Osman
                                             
                              O nome é bonito, Jardim Ana Paula. Um bairro do município de Bertioga, no litoral paulista, onde vivem 700 famílias. Mas ao contrário do que o nome sugere, ali não há canteiros floridos, nem ruas pavimentadas e animais bem cuidados. O local exibe o drama da saúde pública no País: o esgoto corre nas ruas a céu aberto, crianças e animais de estimação estão expostos diariamente a microorganismos nocivos e são incalculáveis os casos de suspeita de sarna em cães, uma doença contagiosa. A maioria dos animais vive solta nas ruas. É a situação que professores e alunos da faculdade de Medicina Veterinária da FMU encontraram no sábado, dia 19, em mais uma etapa do Programa do Médico Veterinário da Saúde da Família, realizado em parceria com a Prefeitura de Bertioga. A coordenação do programa é do professor Carlos Augusto Donini.
O frentista Humberto Carvalho dos Santos
e o filho Davi, de 6 meses: o projeto
 é bem-vindo à comunidade.
     Neste dia, foram feitas entrevistas de casa em casa pelos estudantes e constatada, mais uma vez, a necessidade deste projeto, que une a saúde dos animais com a saúde das famílias e crianças. No entender do autor deste blog, há solução para que o Jardim Ana Paula seja digno de seu nome: saneamento básico, com rede e tratamento de esgoto; criação de espaço de lazer específico para as crianças e orientação às famílias para que mantenham seus animais dentro das residências, vacinados e castrados. O desafio é grande – ninguém falou que é pequeno –, mas a academia tem a responsabilidade de apontar soluções.
     A comunidade mostrou-se atenciosa e agradecida para com os estudantes de Medicina Veterinária, abriu as portas, deu informações e valorizou as orientações recebidas. "Este é um programa maravilhoso porque traz conscientização para a comunidade", disse Ronaldo Dias dos Santos, presidente da Associação de Moradores do Jardim Ana Paula, de 43 anos, que tem a cachorra Mel e a mantém dentro de casa. "No bairro, há muitos cachorros soltos", disse ele. Na rua B, a moradora Helena Alves de Melo, de 53 anos, dona de três cachorrinhos (Gretchen, Beethoven e Bili), comprovou que é grande nesta comunidade carente o carinho pelos animais de companhia: "Pode faltar de tudo neste mundo, mas não vai faltar a ração, as roupinhas e o banho dos cachorros", disse ela. 
A moradora Helena Alves de Melo: "Pode faltar
de tudo neste mundo, mas não vai faltar ração, roupinha
e banho dos cachorros."
                                        
A cachorra Chica, solta na rua: grave suspeita de sarna.



Toalhas ao vento: a moradora Ivany Aparecida de Freitas atende os estudantes.
Na foto, a cachorrinha Catarina.

                                                                                


A equipe.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Os quatro elefantes africanos

Uma família unida na África/Foto de Marina Ignatti
                            
                          Na belíssima foto enviada pela amiga deste blog, Marina Ignatti, estão quatro elefantes caminhando pelo Parque Nacional de Pilanesberg, na África do Sul. A imagem parece jogo de achar. Se ainda não viu, procure pelo quarto elefante.
                          Marina mora em São Paulo, tem quatro cachorros e uma gata, e fez a foto durante viagem em 2009 em que ficou hospedada no Bakubung Bush Lodge, localizado dentro do Parque de Pilanesberg, que é o quarto maior do país.

domingo, 13 de novembro de 2011

Rumo a Londres, a capital internacional do Bem-Estar Animal.


A partir da esquerda: Daniela, Tadeu, Claudia, Fábio e Caroline,
vencedores do Prêmio da SWPA/Foto Ricardo Osman 
  
                   Cinco estudantes de Medicina Veterinária da FMU, em São Paulo, já estão correndo para se encontrar com os súdidos de Sua Majestade, na Inglaterra, terra do naturalista Charles Darwin e dos mais avançados conceitos de Bem-Estar Animal. Eles vão desembarcar em Londres em fevereiro de 2012 para receber, com todas as honras, o Prêmio WSPA Bem-Estar Animal 2011.  Trata-se de prêmio importantíssimo da Sociedade Mundial de Proteção Animal (a sigla em inglês é WSPA), que tem sua sede em Londres. Claudia Zanatta Missrilian, Caroline Deguide, Daniela Cleante Garcia Dias, Fábio Henrique dos Reis Mendes e Tadeu Campioni Morone Cardoso venceram disputado concurso no Brasil sobre o tema, do qual participaram diversas universidades. "Estamos felizes com o reconhecimento do trabalho", disse Claudia. "Foram vários meses de pesquisa aprofundada sobre o Bem-Estar Animal aplicado à produção." A equipe contou com a orientação das professoras Andrea Roberto Bueno Ribeiro e Paula Bastos.
A equipe da FMU (Campus Morumbi)
   Na Inglaterra, a equipe da FMU irá visitar a fazenda-modelo que a WSPA mantém em parceria com a FAI (Food Animal Initiative) em Oxford e conhecerá a sede internacional da entidade em Londres. Não é pouca coisa. Além disso, eles vão se encontrar com renomados especialistas na área de Bem-Estar Animal.
   O conceito de Bem-Estar Animal é hoje tão importante para a produção de carnes, frangos e ovos, para os animais de companhia, os silvestres e os trabalhos dos Centros de Controle de Zoonoses (CCZ) como é o conceito de Sustentabilidade para as empresas do varejo, da agricultura e da indústria em todo o mundo. São conceitos que fazem parte das discussões sobre o futuro do planeta e a evolução da sociedade humana. Nada mais natural, portanto, que os estudantes estejam afinados com seus princípios e suas descobertas. A WSPA é uma das mais consagradas entidades internacionais de proteção, resgate e Bem-Estar Animal, com mais de 29 anos de experiência e presente, por meio de filiadas, em 156 países. É um órgão consultivo da Organização das Nações Unidas (ONU) e está atuando no Brasil desde 1989. 
                 Parabéns a todos os participantes e organizadores do concurso que vem contribuir com o avanço da Medicina Veterinária de todo o País. Com certeza, o conhecimento e os contatos adquiridos por estes estudantes vencedores vão enriquecer o debate.

Para saber mais: O trabalho da WSPA concentra-se em quatro áreas prioritárias de bem-estar animal:
 1) Animais de companhia – guarda responsável de animais de estimação, gerenciamento humanitário de animais na rua e prevenção de crueldade contra os animais.
2) Exploração comercial de animais silvestres – criação intensiva e manuseio cruel e matança de animais silvestres para produção de alimentos ou derivados.
3)Animais de produção – criação intensiva, transporte de longa distância e abate de animais para produção de alimentos.
4) Gerenciamento em casos de desastres – assistência aos animais afetados por desastres naturais ou provocados pelo homem e, com isso, preservação dos meios de vida das populações locais.


Site: http://www.wspabrasil.org/

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Salvamento na madrugada: bombeiros de São Paulo resgatam gatinho no alto de árvore.


O bombeiro Salles com o gatinho Tuss/Foto de Ricardo Osman
                           O Corpo de Bombeiros de São Paulo fez mais um resgate de animais em situação de risco à meia-noite de hoje, no bairro Granja Julieta, na zona sul da cidade de São Paulo. O gatinho Tuss, que vive em liberdade no bairro, entrou pela manhã numa casa que tem um cachorro e para escapar subiu correndo em uma árvore altíssima. Parou em um trecho, a cerca de 12 metros do chão, e não conseguiu mais sair dali e ao anoitecer começou a miar desesperado. Os moradores chamaram o Corpo de Bombeiros que só pode atender à chamada à noite e Tuss foi resgatado com todo o cuidado e levado para se recuperar na casa de uma moradora. Passou um susto danado! Agradecemos imensamente ao Corpo de Bombeiros por mais este feito, uma vez que são tantas as chamadas em uma cidade de 11 milhões de habitantes. Não é à toa que esta é uma das corporações mais admiradas pela comunidade de São Paulo. Veja abaixo a sequência de fotos do resgate:

O início do resgate do gatinho Tuss, à meia-noite.
                         

Depois de pegar o animal, o bombeiro desce cuidadosamente com ele.

O gatinho Tuss chega ao chão são e salvo



Os moradores do bairro festejam com muita alegria

O gatinho no alto da árvore, sem saída.
                                                                          
A árvore onde o gatinho subiu

Missão cumprida. Obrigado!


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Elefante sem-teto está em meio à polêmica política em Ribeirão Preto (SP)

A elefanta/Imagem: reprodução EPTV
 A elefanta Mayson, de 38 anos e peso de 4 toneladas, está no centro de uma pôlêmica na cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Ela foi doada pela família do palhaço Biriba para a prefeitura, mas o zoológico municipal Fábio Barreto não tem instalações próprias para abrigá-la.
A confusão começou quando uma comissão apresentou à prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera, a conta de construção de um abrigo provisório: R$ 180 mil. O custo do lar definitivo foi orçado em R$ 1,29 milhão. A oposição política na cidade reclamou do custo alto e o assunto foi parar na Câmara dos Vereadores. A prefeita avisou que vai rever as contas e que quer negociar a redução dos custos do abrigo definitivo, sem deixar de atender às exigências do Ibama. Segundo a prefeita, as crianças e adolescentes querem Mayson no zoológico de Ribeirão Preto, porque o animal é muito popular na cidade. 
A elefanta ficaria surpresa se pudesse compreender as confusões criadas pelos seres humanos. Mayson precisa, naturalmente, de uma casa definitiva, adequada a seu tamanho e comportamento – afinal, os animais saíram da selva trazidos pelos humanos e não são responsáveis pela condição de sem-teto. Os habitats naturais dos elefantes estão na África e  na Ásia. Nós, deste blog, estamos incondicionalmente ao lado da elefanta, e esperamos que as contas sejam revistas e o abrigo construído! A elefanta, com certeza, vai dar muitas alegrias aos jovens, a possibilidade de ver de perto o encanto e a diversidade da Vida.