sexta-feira, 25 de julho de 2025

Ciência atesta a consciência dos bichos

   A Ciência vem confirmando o que tutores que convivem com seus animais já percebem no dia-a-dia: eles só faltam falar, têm consciência do que ocorre a sua volta, exibem diversos sentimentos e são (muito) inteligentes. Podem sentir medo, vivenciar as fases do luto e exaltar-se com um reencontro. 

   Os mamíferos e as aves, certamente, têm capacidade de adotar comportamentos de maneira intencional e de não se deixar guiar apenas pelo instinto. O cérebro dos cães e gatos, por exemplo, têm até o neócortex, a camada mais recente da evolução, estrutura que elabora nos humanos a linguagem e a consciência.

   A frase do filósofo René Descartes, "Penso, logo existo!", pode ter uma adaptação para o universo dos animais não humanos: "Sou bicho, logo penso também!".

  Para exemplificar, melhor recorrer aos cães e gatos, esses nossos íntimos animais domésticos. Logo aprendem seus nomes, e têm consciência de seu papel na família ou comunidade. 

  Não deveriam nunca ser classificados como "irracionais", como estão nos antigos livros escolares e de biologia, que apresentam os humanos como únicos animais "racionais".

   Neste mês de julho de 2025, comemora-se o 13º aniversário da Declaração de Cambridge sobre a "Consciência dos Humanos e dos Animais Não Humanos". 

  O documento elaborado por um grupo de cientistas, e divulgado por essa universidade da Inglaterra, teve o apoio de consagrados como Stephen Hawking, o físico famoso pelos estudos do cosmos e das teorias de surgimento e expansão do Universo.   

    Diz a declaração: "Evidências convergentes indicam que animais não humanos possuem os substratos neuroanatômicos, neuroquímicos e neurofisiológicos de estados conscientes, juntamente com a capacidade de exibir comportamentos intencionais."

    Em seguida, a Declaração conclui: "Consequentemente, o peso das evidências indica que os humanos não são os únicos a possuir os substratos neurológicos que geram a consciência."

     Se não somos os únicos, precisamos rever muitas coisas do nosso antropocentrismo.

     Animais não humanos, incluindo todos os mamíferos e aves, e muitas outras criaturas, como os polvos, também possuem esses substratos neurológicos, afirmam os cientistas.

    Para quem estuda e se dedica à mística em torno de São Francisco de Assis, o santo italiano, nada disso é novidade. Mas é bom ter um Stephen Hawking por perto, do mesmo lado.   


Nenhum comentário:

Postar um comentário