sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Finalmente, o vira-lata Caramelo é astro de filme!

   

O ator Rafael Vitti e o protagonista/Foto divulgação

   Um longa-metragem dedicado ao herói de quatro patas, que dispensa pedigree! O vira-lata Caramelo, um símbolo nacional, é o astro de um filme produzido no Brasil e exibido pela Netflix. Seus encantos, destreza nas ruas e malandragem estão finalmente em exibição. 

   Já vimos filmes sobre dálmatas, inúmeros com pastores alemães, o da Lassie, da raça Rough Collie, e até um dedicado a Marley, um Golden Retriever bagunceiro.

   O filme Caramelo, com o ator Rafael Vitti e o cachorrinho Amendoim, que faz o papel do protagonista, só poderia começar com um filhote largado na rua dentro de uma caixa de papelão.

   Vira-latas não vêm de canis finos e caríssimos. 

   O diretor Diego Freitas consegue desenvolver a história sobre a magia dos cachorrinhos adotados, que mudam a vida de muita gente de forma inesperada.

   No filme, um chef de cozinha encontra Caramelo perambulando por um mercado e logo se tornam parceiros inseparáveis. O ator e o cachorrinho conseguem um entrosamento tão natural que a boa convivência salta evidente na tela.

   Quem escreveu e interpretou conhece bem a realidade dos cães. Eles são capazes de perceber pelo cheiro determinadas doenças dos humanos. O filme fala sobre isso, e há pesquisas científicas que atestam essa capacidade dos caninos domésticos.

   O chef de cozinha tem um diagnóstico de doença grave e partir daí a amizade com Caramelo só aumenta. 

   Há cenas divertidas no restaurante, em uma produção bem acabada, há a turma animada da creche frequentada pelo protagonista de quatro patas e um ou outro momento mais dramático, em que a enfermidade do chef deixa Caramelo em segundo plano.

 Num filme para o grande público, o roteiro incluiu cenas em que o cachorrinho surge mais humanizado do que de fato é a espécie. Humanizado  no sentido de apresentar uma compreensão da realidade e das regras sociais mais próprias das pessoas. 

   Mas isso está em praticamente todos os filmes de Walt Disney e ninguém nunca reclamou. Ou alguém imagina uma Cocker Americana, a Dama, do filme A Dama e o Vagabundo, comendo macarrão fio por fio na cena clássica com o namorado Vagabundo.

    De qualquer forma, em se tratando de cachorros, que têm conosco há milhares de anos uma convivência intensa e positiva, há um mistério, que é a fronteira indefinida muitas vezes entre o que é realidade e o que é ficção. 


    

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