quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Gato rouba cena do jogador Vini Jr no Catar, mas assessor da CBF pisa na bola.

O gatinho no local da entrevista/Reprodução Redes Sociais

    O jogador Vinícius Júnior, da seleção brasileira, estava dando uma entrevista coletiva em Doha, no Catar, quando um gatinho curioso apareceu na mesa, diante dos jornalistas, para ver o que acontecia. Um assessor da CBF imediatamente pegou o gatinho pelo cangote e pelo dorso e o largou no chão diante das câmeras dos jornalistas.

  A cena divulgada gerou a maior polêmica! O que o assessor fez foi maus-tratos ao animal? O gatinho sentiu dor? A protetora Luisa Mell criticou a maneira como o assessor da CBF pegou o gatinho e o largou no chão. Nas redes sociais, a atitude do assessor foi duramente criticada pelos que amam os felinos.

  O Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP) disse que o funcionário da CBF poderia ter sido "mais cuidadoso", mas não viu maus-tratos ou crueldade na cena. 

  A cena realmente traz algum desconforto, devido à flagrante falta de habilidade e sensibilidade demonstrada pelo assessor ao pegar um animal manso, que momentos antes se deixou acariciar. 

  O assessor usou a mão direita para pegar o gatinho pelo cangote, e neste ponto a cena foi comparada à maneira como as mamães abocanham e transportam seus filhotes. Porém, este tipo de contenção desconsidera o novo peso do animal, agora um adulto. E pode causar lesão na coluna. 

  O fato do gatinho ter sido largado na altura da mesa e não posto delicadamente no chão também incomodou, mas neste aspecto é preciso lembrar que para os felinos a queda pequena é completamente inofensiva. Eles sabem saltar e cair. 

   O assessor deveria posicionar  sua mão direita sob o peito do gatinho e a esquerda sob o abdomen, oferecendo a ele um apoio confortável. Em seguida levá-lo até um local seguro ou pousá-lo,  delicadamente, sobre chão. Se não sabe fazer, ou tem medo, melhor chamar os especialistas, que não faltam em Doha. 

   Um dos maiores erros do assessor da CBF foi desconsiderar  que o gatinho NÃO era um intruso, pelo contrário, ele sim é natural do Catar! 

  O gatinho "HEXA" estava, mais precisamente, na região onde se originou  a espécie do gato doméstico (o Felis catus). A espécie que hoje  vive em nossos lares é uma evolução dos felinos silvestres, que se fixaram nos agrupamentos humanos  do antigo Egito e na região do Oriente Médio,    com o surgimento da agricultura. Os cereais cultivados e armazenados atraíam ratos, que são presas naturais dos gatos. Os gatos, por sua vez, foram atraídos por essa abundância de caça e os humanos,  ao perceberem sua utilidade como protetores dos grãos armazenados, permitiram sua permanência, e começaram a conviver de maneira mais próxima com esses felinos. E assim, surgiram gatos domesticados.

   O Catar está nas margens do Golfo Pérsico, que tem do outro lado o Irã, antiga Pérsia, berço do famoso gato persa, de pelos longos por causa do frio intenso do inverno. A raça foi registrada na Inglaterra, mas os gatos persas são originários do Irã e do Iraque. 

   Nestes países, assim como na Turquia, é comum encontrarmos gatos que vivem em meio à comunidade, soltos nos parques, mesquitas e nas ruas. Os gatinhos sempre auxiliaram essas populações a controlar a quantidade de  ratos. 

   Seja como for, o gatinho que apareceu na entrevista está bem e ganhou o apelido de "HEXA".

   Dizem no Catar que ele dá sorte e virou o mascote da seleção brasileira de futebol.      

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