A Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), em 2013, revelou que o número de domicílios do País que tinham pelo menos um cão era de 44,3%, e o dos que possuíam pelo menos um gato era de 17,7%. O
resultado apontava total de 52,2 milhões de cães no Brasil e de 22,1 milhões de
gatos, em uma população humana estimada na época em 201 milhões de habitantes.
Mas o que levaria um tutor a correr para uma petshop às vésperas do Dia das Crianças atrás de bolinhas, ossinhos e ratinhos de pano?
A Ciência explica.
Assim como uma mãe humana libera altos níveis do hormônio ocitocina no parto e ao abraçar e olhar para seu bebê, os tutores têm igualmente seus níveis de ocitocina aumentados na interação com seus bichinhos.
Pesquisa realizada por três universidades do Japão (Azabu, Jichi e de Tóquio) comprovou que a troca de olhares entre humanos e cães é capaz de fazer com que cada um libere em seu sistema nervoso o hormônio ocitocina, que é chamado o hormônio do prazer e do amor maternal. A descoberta foi divulgada em abril de 2015 na revista Science.
O estudo Oxytocin-gaze positive
loop and the coevolution of human-dog bonds ajuda a
explicar como o homem e o cão deram os passos para se tornarem os melhores
amigos. E ajuda a entender porque hoje temos um mercado pet capaz de oferecer diversos produtos, brinquedos, roupinhas e rações de qualidade.
Takefumi Kikusui, da Universidade de Azabu, e seus colegas afirmam nas conclusões que o comportamento contemplativo de cães aumentou a concentração urinária de ocitocina nos tutores, o que consequentemente facilitou o sentimento de amar como aos filhos nesses tutores. Os cães igualmente respondem com satisfação, com a liberação de níveis mais altos do hormônio na troca de olhares com o tutor, seguidos por níveis intermediários provocados pelo toque do tutor e pela "conversa" com o tutor.
Não é preciso dizer mais nada.
Vamos às compraasss!!!! 🐶🐱😅
Para saber mais:
NAGASAWA, M. et al.
Oxytocin-gaze positive loop and the coevolution of human-dog bonds. Science, v. 348, issue 6232, p. 333-336, 2015
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