O cachorrinho Gigio que morreu no pet shop/Arquivo/Divulgação |
É crescente o despreparo de atendentes de pet shops do País nos cuidados com cães e gatos. Hora do banho e da tosa não é de brincadeira. É preciso ser profissional e ter treinamento específico para mexer no animal. Por isso, a morte do cãozinho Giginho nesta terça-feira, dia 2, dentro de uma pet shop de São Paulo é a crônica de um acidente anunciado. Segundo a versão da proprietária do cãozinho, Rosely de Mauro Alfani, de 58 anos, Giginho morreu enforcado por despreparo total daqueles que o atenderam.
A versão da sra. Rosely está no Boletim de Ocorrência registrado na Polícia. Conforme o depoimento, o cachorrinho foi levado para o Spa dos Bichos e estava sobre uma mesa preso por uma coleira e uma guia – o que é normal em todas as pet shops. O acidente ocorreu porque o atendente se afastou do local para telefonar e, neste momento, Giginho caiu da mesa (os animais tentam sempre fugir de um lugar que para eles é estranho e barulhento). A mãe do dono da pet shop, Ana Lúcia Lopes Rodrigues, tentou defender seu filho dizendo que o que ocorreu foi uma fatalidade, conforme reportagem publicada nesta sexta-feira, dia 5 de agosto, na Folha de S. Paulo (Cotidiano, página C11).
Se considerarmos a versão da sra. Rosely, podemos afirmar com certeza que a morte de Giginho poderia ter sido evitada se cuidados básicos fossem tomados. Nunca se deixa um animal, sobre uma mesa, preso à coleira, sozinho em uma sala!
O que aconteceu com Giginho não é incomum! No primeiro ano da Faculdade de Medicina Veterinária da FMU (estou no 4.º semestre), assisti palestra da Dra. Ana Carolina B. E. Maria, mestre em Patologia Experimental e Comparada pela Universidade de São Paulo (USP), sobre acidentes fatais em pet shops de São Paulo. O título da palestra, que foi de grande utilidade, era: "Medicina legal dentro do pet shop".
Os acidentes acontecem em uma frequência que o público desconhece. Os casos mais comuns, listados pela Dra. Ana Carolina, são: enforcamento por queda da mesa, queimadura com o secador e morte por estresse excessivo, quando o animal é deixado muitas horas em um ambiente estranho e barulhento. Segundo a Dra. Ana Carolina Maria, dos casos de traumas registrados em sua pesquisa em pet shops, a maioria (28%) foi na cabeça dos animais. A Dra. alertou para os riscos do estresse nos animais, causa de muitas mortes.
Esperamos que as investigações da Polícia de São Paulo esclareçam o que de fato ocorreu com o cachorrinho dentro do Spa do Bicho e que aponte responsabilidades, se houver.
Uma prece para Giginho,
Forte abraço,
Ricardo Osman
Para saber mais: leia a notícia na Folha.com http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/954980-giginho-cachorro-vira-lata-morre-enforcado-em-pet-shop-de-sp.shtml
Com certeza esses acidentes são mais comuns do que agente pensa...eu já presenciei vários...a minha cachorra quase foi uma vítima,o tosador se distanciou e ela pulou da mesa...mas graças a Deus a mesa tombou junto com ela...pq senão ele poderia até quebrar o pescoço!!
ResponderExcluiré verdade acontecem com frequencia por despreparo dos funcionarios e falta de reciclagem.rogerio
ResponderExcluirMe perdoem, mas o rapaz de quem vcs estam falando excelente profissional, muito cuidadoso e carinhoso com os animais.
ResponderExcluirInfelizmente, o que aconteceu foi uma fatalidade.
Outra coisa que devo salientar que, o animal não apresentava sinais de maus tratos ou de enforcamento.
Agora, ao que me parece, é muito facil julgar e acusar as pessoas, mas será que o animal já não apresentava algum problema? Se era hábido da proprietária do animal leva-lo ao veterinário. Outra coisa, a proprietária do animal sabia que se tratava de banho e tosa domiciliar, que não era um Pet Shop.
existem donos q levam cães em pet sho e deixa o animal lá horas a fio banho e tosa é um lugar q tem calor isso afeta a respiração do animal e tbm eles entopem de cães para poucos funcionários
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