Desde os tempos dos faraós do Egito uma doença grave, hoje conhecida como diabetes, debilita e causa a morte dos seres humanos. Atualmente, no Brasil, há mais de 16,8 milhões de cidadãos diabéticos.
Ok. Mas o que isso tem a ver com os pets?
Tudo, pois cães e gatos também são vítimas desse mal funcionamento do pâncreas, que não consegue mais produzir o hormônio insulina ou passa a produzi-lo em quantidade insuficiente e de forma inadequada. O resultado é que o corpo não consegue mais absorver corretamente a energia dos alimentos.
A ausência da insulina impede a entrada da glicose nas células (famintas por açúcar). A glicose fica circulando pelos vasos sanguíneos (hiperglicemia), e em níveis muito elevados pode levar ao coma diabético e a morte.
Os primeiros sintomas da doença são os mesmos observados em seres humanos: muito apetite, muita sede, mas perda de peso, um emagrecimento inexplicável no primeiro momento.
Os veterinários têm visto com muita preocupação o aumento dos casos de diabetes registrados nos atendimentos a domicílio, nas clínicas e nos hospitais. Mas qual seria a causa, já que, ao contrário da maioria dos seres humanos, os pets não são loucos por doces e sim por carnes, de modo geral?
O que ocorre é que o aumento de registros se deve: a maior sobrevida dos pets, que assim como os humanos podem desenvolver diabetes com o avanço da idade; à evolução dos processos diagnósticos na medicina veterinária; bem como aos tutores que passaram a cuidar melhor dos seus bichinhos.
Em cães, não necessariamente, mas nos gatos, o surgimento da doença está relacionado diretamente à obesidade. E os felinos têm uma particularidade: em situações de estresse, também podem apresentar hiperglicemia, gerando dúvidas em relação ao diagnóstico. Por isso, para confirmar a ocorrência de diabetes, o médico veterinário tem que ser consultado, e o diagnóstico sempre é feito com base em exames de laboratório.
No caso dos pets, porém, o tratamento é sempre feito com dieta e aplicações diárias de insulina e aferição do nível de glicemia no sangue, que deve ser mantido dentro de certos limites. Nos humanos, há tipo de diabetes tratada apenas com dieta e medicamentos via oral, e outro com injeções do hormônio, dieta e medicamentos.
Apesar de não saírem caçando doces pela casa, nossos pets também podem estar habituados a certos petiscos, do tipo biscoito canino. É preciso verificar com o veterinário se esse tipo de mimo pode continuar sendo oferecido, pois muitas vezes é rico em carboidratos e pode desequilibrar a glicemia do pet.
Os exercícios físicos são também fundamentais para o resultado do tratamento desta doença crônica.
Todo diabético tem uma dívida com os cães
A descoberta de que a ausência do hormônio insulina (produzido no pâncreas) é a causa da diabetes foi realizada em 1921, no Canadá, pelos médicos Frederick Bating e Charles Best. E eles contaram com os cães.
Os pesquisadores retiraram os pâncreas de cães, os animais apresentaram a diabetes e depois um extrato pancreático reverteu parcialmente o quadro clínico. O ponto central era a insulina!
A investigação explicou que a ausência da insulina impedia a entrada da glicose nas células (famintas por açúcar), mantendo a glicose nos vasos sanguíneos (esse quadro é chamado de hiperglicemia, e se mantido torna-se nocivo à saúde, pode levar ao coma diabético e a morte).
Best e Banting no Canadá/Foto Arquivo |
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