sábado, 19 de março de 2022

Saiba como conservar a ração dos pets

  Algumas décadas atrás, não muito longe, preparar o café da manhã ou o almoço do pet dava um trabalho danado. Era preciso comprar ingredientes, carne para cães e sardinha fresca para os gatinhos, cozinhar arroz e manter as sobras na geladeira para a próxima refeição. 

 Essa realidade mudou para melhor com a chegada das rações secas para os pets. Hoje as prateleiras das petshops estão cheias de ofertas de rações para cães e gatos, que atendem aos mais variados paladares, a base de frango, carne, salmão, e com composições equilibradas com vitaminas e minerais.

 Grandes empresas entraram no setor, e preparam até rações para os doentes crônicos, como aquelas para os cães e gatos com problemas cardíacos, doença renal ou diabetes. 

  No entanto, há problemas na forma como são guardados os pacotes de ração em casa e na obediência ao prazo de validade que, como alertam os próprios fabricantes, diminui após a abertura do pacote. 

  Já foram vistos pacotes ao lado de piscinas e outros no chão da casa, apesar de os fabricantes recomendarem que as rações fiquem em local seco e fresco, longe do sol e distante do chão. Roedores e moscas podem contaminar o produto e afetar a saúde do seu pet.

  Além disso, todas as marcas recomendam manter preferencialmente a ração dentro do pacote original, que preserva melhor o produto. Mas muitos tutores retiram a ração da embalagem para por naquele pote bonitinho e prático da cozinha. Ao fazerem isso, manipulam o produto com as mãos o que leva ao risco de a ração estragar. 

  A exemplo do Leite Longa Vida, que todos conhecem, os pacotes de ração uma vez abertos têm validade limitada, em torno de quatro a cinco semanas. Foi o francês Louis Pasteur quem provou que o ar é um meio contaminado por bactérias e fungos. É de seu nome que vem a expressão "leite pasteurizado", submetido a técnica de eliminação de microorganismos.

  Por isso, não adianta querer economizar e comprar um pacote de 15 quilos para um maltês de 3 kg de peso! Depois de um mês, a mudança de umidade no pacote, de pH dos alimentos, pode favorecer o surgimento de colônias de bactérias e fungos. Para que o maltês se alimente bem, é melhor gastar um pouquinho mais e comprar embalagens menores, para que a duração do pacote coincida com a validade do produto.

   De todos os riscos da má conservação da ração aberta, o pior é a presença de toxinas dos fungos (causam as micotoxicoses nos pets). Os fungos se desenvolvem em grãos como o milho, o trigo, o arroz e a soja, presentes nas receitas, a partir da alteração na umidade da ração. Esses microorganismos estão presentes no ar, nas poeiras, plantas, solo e nas mãos sujas.

   A contaminação por fungo provoca vômito, depressão, redução do crescimento do animal, segundo artigo do Tratado de Medicina Interna de Cães e Gatos (Jericó, Neto e Kogika/Editora Roca). Em alguns casos pode ser fatal.

    É preciso, portanto, seguir as instruções dos fabricantes (estão no rótulo) sobre a manutenção do pacote de ração em residência. E adotar cuidados até no transporte no carro. Em um clima tão quente e úmido como o que predomina no Brasil os cuidados devem ser redobrados.  

    Saúde e bom apetite para seu pet!

        

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